Ludmilla é processada por babalaô e deputado após frase considerada intolerante
A artista alegou que o vídeo foi tirado de contexto
A cantora Ludmilla foi processada por babalaô e deputado após uma frase considerada intolerante ser exibida em um clipe no Festival Coachella, nos EUA, no último dia 14.
No show, a cantora brasileira Ludmilla apresentou um vídeo representando as comunidades do Rio de Janeiro, local onde a artista nasceu e se criou. Mas o que chamou a atenção foi a imagem de um cartaz estampado em um poste com a seguinte frase “Só Jesus expulsa o Tranca Ruas das pessoas”, o que gerou revolta no público e internautas, que logo acusaram Ludmilla de propagar a intolerância religiosa.
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Tranca-Ruas é uma falange de exus que trabalha na Umbanda e Quimbanda. É responsável pela limpeza astral dos caminhos do mundo. Também é considerado uma entidade que abre os caminhos de seus devotos.
Em resposta ao acontecimento, o pesquisador e babalaô Ivanir Santos, pediu que Ludmilla se retrate pela frase preconceituosa, através de uma representação pública.
O caso também teve apoio de Átila Nunes, deputado estadual (PSD), que publicou nas redes sociais, o relato que protocolou uma denúncia ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pedindo que o trecho do vídeo fosse retirado pois é “um preconceito contra as religiões de matriz africana”.
Em defesa, Ludmilla afirmou que as imagens foram tiradas de contexto. E ainda comentou que o vídeo representa a realidade das comunidades, com genocídio preto, violência policial, miséria e outros problemas sociais.