30 anos sem Senna: trajetória do tricampeão mundial ficou marcada no coração dos brasileiros
Morto em 1994, piloto brasileiro foi lembrado por escuderias e esportistas
"Senna bateu forte, Senna escapou e bateu muito forte". Para milhões de brasileiros que estavam sentados em frente à televisão na manhã do domingo, no dia 1 de maio de 1994, foi assim, o último ato de Ayrton Senna, em uma pista de Fórmula 1, narrado por Galvão Bueno, na TV Globo.
Os segundos seguintes ao acidente na curva Tamburello, em Ímola (Itália), no GP de San Marino, pareceram uma eternidade. Os fãs do automobilismo compartilhavam a angústia de Galvão, que era amigo próximo do tricampeão mundial. "Demora para chegar o socorro, demora absurda", reclamava o locutor na transmissão oficial.
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O silêncio tomou conta de boa parte dos fãs. Incrédulos, todos olhavam para a Williams destruída em busca de algum sopro de vida. Galvão chegou a dizer que Senna teria mexido a cabeça, como um último gesto em vida do piloto brasileiro.
A notícia que ninguém gostaria de dar, foi dada às 13h42, por Roberto Cabrini, durante o plantão da TV Globo: "Ayrton Senna da Silva está morto".
Legado
Os feitos de Senna serão eternos, assim com a sua importância para a história do automobilismo mundial. "Acho que o maior legado que o Ayrton Senna deixou para o Brasil todo e para todos os pilotos em geral foi a dedicação, o trabalho, a motivação e a vontade de vencer. [Ele ensinou que] para vencer, você tem que trabalhar muito e se dedicar muito. Ele foi, sem dúvida, um dos pilotos mais dedicados, deixou um legado muito importante, além do amor pelo Brasil, pelas pessoas em geral. É, sem dúvida, o piloto mais rápido que apareceu nesse mundo do automobilismo", afirmou em entrevista a CNN o piloto Felipe Massa, que foi vice-campeão mundial de Fórmula 1.
Trajetória campeã
Senna morreu no dia 1 de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, ao atravessar a curva Tamburello e bater em um muro. Ao todo, disputou 161 provas em dez anos, conquistou 65 pole positions e venceu 41 corridas. Ele foi campeão mundial em 1988, 1990 e 1991.
Homenagens
No dia em que se completaram 30 anos da morte de Ayrton Senna, durante o GP de San Marino, o mundo do automobilismo prestou homenagens ao piloto brasileiro.
“Teria sido bom rir novamente hoje juntos”, disse o ex-companheiro de McLaren e maior rival de Senna, Alain Prost. Prost publicou uma foto de um momento descontraído com o brasileiro.
Em outra publicação da F1, uma homenagem valorizou Senna. “Um ícone, um campeão, um gênio. Mesmo 30 anos depois, a influência de Ayrton Senna é sentida como sempre".
A Williams, por onde o piloto correu em 1994 até a morte, disse que Senna sempre será “nossos corações".
Já a Mercedes, afirmou que a morte do brasileiro será inesquecível. “Sempre Senna. 30 anos depois, a partir de um momento que a comunidade do automobilismo jamais esquecerá, homenageamos uma lenda do nosso esporte”, disse a publicação.
A Força Aérea Brasileira lembrou o primeiro voo de Senna em uma aeronave de caça, no Rio de Janeiro. Além dos carros, o brasileiro era apaixonado pela aviação e aeromodelismo.
Amor pelo futebol
Apaixonado também pelo futebol, Senna era corinthiano. O clube de coração do piloto também homenageou o ídolo nacional e registrou todas as ações feitas pelo clube nos últimos anos pela memória do tricampeão mundial.
“A manhã do dia 1º de maio de 1994 será para sempre uma das mais tristes da história do esporte mundial”, publicou o time paulista.