Supermercado limita a compra de arroz em São Gonçalo
A medida é considerada ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor
Alguns supermercados de São Gonçalo estão limitando a quantidade de arroz por cliente. A situação ocorre em decorrência das chuvas no Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores do cereal no país, com o objetivo de prevenir a falta do alimento nos supermercados.
No entanto, a limitação de produtos sem que haja um argumento válido que justifique essa medida é ilegal, segundo o Código de Defesa do Consumidor. O Governo Federal já anunciou que irá importar o cereal e os produtores afirmam que há estoque suficiente, pois cerca de 80% da safra já havia sido colhida antes dos alagamentos.
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O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, Fábio Queiroz, pede para a população não estocar arroz em casa. A Asserj esclarece, ainda, que a limitação acontece de forma preventiva para evitar a injustiça alimentar social.
Apesar de ilegal, no supermercado Assaí, localizado à Rua Dr. Alberto Torres, foram colocados avisos sobre a quantidade que cada cliente pode comprar, o que gerou descontentamento em alguns clientes: “É uma medida ilegal, não pode, eu sei que é tomada para todo mundo poder comprar, mas é ilegal porque não podem limitar o cliente de consumir o produto", comentou o contador Alexandre José, de 35 anos E ele acrescenta: “Não pretendo estocar o arroz, justamente para dar a oportunidade de todo mundo comprar também.”
Outro ponto observado pelos consumidores é o preço do projeto, que já está elevado. “Eu ouvi falar que, além do preço estar bem mais caro, as quantidades estão limitadas em alguns mercados, mas ainda não vi nenhuma placa sobre isso nos mercados”, disse a aposentada Edina Leal, 60.
Contatada, a rede Assaí, por meio da assessoria de imprensa, informou que os produtos estão sendo limitados temporariamente, com o objetivo de garantir o acesso para todos os clientes. E ainda explicou que a medida ocorre em todas as unidades do país, havendo o monitoramento dos estoques e que a quantidade permitida para venda é variável de acordo com a cidade.
*Sob supervisão de Cyntia Fonseca