Hospitais federais do Rio entram em greve e paralisação afeta seis unidades de saúde
A precariedade de algumas unidades provocam a preocupação dos funcionários
Servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve nesta quarta-feira (15). Segundo o Sindicato dos Servidores Federais, as unidades vão funcionar com apenas 30% do quadro de funcionários. As cirurgias eletivas, consultas, e exames eletivos não oncológicos estão suspensos.
Durante a greve, apenas alguns serviços essenciais serão mantidos como hemodiálise, diálise, quimioterapia e oncologia.
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No Hospital Federal Cardos Fontes, em Jacarepaguá, os servidores fizeram uma manifestação nesta quarta-feira (15). Entre as principais reivindicações estão a recomposição salarial de 49%, a realização de concurso público, a renovação dos contratos, além da inclusão da categoria na carreira da ciência e da tecnologia e a reestruturação dos hospitais que atualmente estão sucateados.
Precariedade
A unidade está com estado precário em diversas salas. O teto do banheiro dos pacientes do setor de hemodiálise desabou na última segunda-feira (13). Segundo os funcionários, a sorte é que não tinha ninguém dentro do banheiro.
Ainda de acordo com os funcionários, já era uma tragédia anunciada, porque tinha uma grande rachadura no teto.
O teto do posto de enfermagem do setor de diálise também desabou. O local é usado pela equipe de enfermagem para preparar procedimentos e medicamentos.
Já os servidores do Hospital Federal de Bonsucesso colocaram placas anunciando a greve. Na unidade estão sendo atendidos apenas os casos de alta complexidade.
No serviço de oncologia, que continua funcionando mesmo com a paralisação, as paredes têm infiltração e, quando chove, cai água até do teto.
Negociação
Os servidores estão em negociação com o governo federal há nove meses.
“Nós queremos ter carreira que nos dignifique e valorize o serviço. Temos acordo de greve assinado que tinha 3 itens de pauta e o governo não cumpre. A gente não recebe valor da insalubridade, lida com doença infectocontagiosa, deveria receber grau máximo. A gente tem uma situação absurda”, disse Christiane Gerardo, diretora do Sindisprev.