Morre José Jeronimo Sobrinho, ícone da cultura gonçalense, aos 85 anos
O enterro acontecerá neste sábado (18), no Cemitério Parque da Paz, às 11:30
Morreu na madrugada desta sexta-feira (17), o renomado jornalista José Jeronimo Sobrinho, aos 85 anos. Ele enfrentava problemas de saúde e deixa a companheira e duas filhas.
Acadêmico da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências e membro da União Brasileira de Trovadores (UBT) sessão São Gonçalo, José Jeronimo Sobrinho também era radialista na Rádio Aliança e artista plástico (com vários trabalhos de pintura a óleo em tela). O corpo do jornalista será velado e sepultado neste sábado (18), no Cemitério Parque da Paz, bairo Pacheco, às 11h30.
"Nunca trabalhei com ele, mas logo o conheci quando iniciei minha vida profissional, já como um veterano na comunicação em São Gonçalo. Desejo que seu espírito siga um caminho de luz", declarou a jornalista Dayse Alvarenga, sobre a informação do falecimento do comunicador.
Para a produtora cultural Lígia Helena, a relação com o jornalista era quase que familiar, visto a amizade de tantos anos.
"Ele foi um grande amigo meu, conheci logo no começo da minha carreira e ele me ajudou muito, era uma das minhas bases. Estou muito abalada, é como se fosse um parente, um pai. É uma grande perda, uma pessoa incrível, um grande mestre, querido por todos e que agora fica na memória do povo gonçalense", afirmou, emocionada, a produtora.
Trajetória memorável
Nascido na cidade de Palmares, em Pernambuco, filho de Manoel Jeronimo Sobrinho e de Ester Maria da Conceição, o comunicador, que aos 18 anos chegou à cidade de São Gonçalo, foi um grande ícone da cultura gonçalense.
Aos 18 anos de idade, em fevereiro de 1958, José Jerônimo Sobrinho chegou ao município de São Gonçalo, ano em que o Brasil ganhou a sua primeira Copa do Mundo. Estudou admissão, se preparando para o Ginasial na época, já que o primário, na sua opinião, era bem fraco.
Concluído o ginasial, formou-se em Técnico de Contabilidade no antigo Colégio Santa Catarina. Logo depois, concluiu o Curso Técnico de Administração de Empresas no Colégio Henrique Lage e se tornou Bacharel em Direito pela Faculdade de Valença. O comunicador iniciou sua carreira no Jornalismo em 1975, escrevendo sobre esportes no antigo semanário 'Panorama Gonçalense', incentivado pelo saudoso jornalista Luiz Vivas.
Ele trabalhou nos jornais Panorama Gonçalense; O São Gonçalo; O Fluminense; Luta Democrática e nas rádios: Fluminense; Capital; América; Bandeirantes; Mauá; Carioca Am; O Dia e Rádio Relógio Federal. José Jeronimo também atuou na Revista Única, foi diretor presidente da Revista Evidência e foi Juiz do Tribunal de Justiça Desportiva da antiga Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, antes da fusão. Além disso, também lecionou no Colégio Ernani Farias, no Cejop e em vários outros da rede particular de ensino. O jornalista ainda possui diplomas, medalhas e troféus por serviços prestados.
José Jeronimo Sobrinho foi um dos incentivadores da implantação de rádios comunitárias no município de São Gonçalo, sendo eleito primeiro presidente da Associação de Rádios Comunitárias (ARCOM). Ele atuou nas rádios comunitárias Nativa; Evidência; Por Amor e Aliança. Além disso, apresentava o programa online 'Sala de Bate Papo' na tvpontodevista.com.br.
Além de um renomado portifólio, o jornalista também também possui vários trabalhos (pintura a óleo em tela) como artista plástico.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro lamenta a morte
" Uma semana de tristeza para a classe jornalística brasileira e do Estado do Rio de Janeiro com as mortes de 4 destacados profissionais: o jornalista Antero Greco, da ESPN Brasil, o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, o narrador Sílvio Luiz e o jornalista e apresentador J.Sobrinho. O Sindicato dos Jornalistas lamenta a morte destes destacados profissionais de Jornalismo, Radio Jornalismo, apresentadores e narradores, que deixam exemplos e legados para todo o País e o Estado do Rio de Janeiro. Em nome de toda a Diretoria e Associados nossos sentimentos a todos seus familiares", lamentou Mário Sousa, atual presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro
Sob supervisão de Marcela Freitas