Família briga na justiça por herança de ganhador da Mega Sena
Homem foi morto a tiros saindo de um bar em 2007
No dia 7 de janeiro de 2007, o lavrador Renê Senna foi morto a tiros em Rio Bonito na região metropolitana do Rio, após ganhar 52 milhões de reais na Mega Sena. Após sua morte uma intensa briga judicial começou por essa herança milionária, que atualmente gira em torno dos R$ 100 milhões por conta aplicações feitas ainda em vida.
Depois de seu falecimento, quatro testamentos realizados entre 2005 e 2006, já foram integres a justiça e então as brigas familiares começaram. Adriana Ferreira Almeida ex esposa do lavrador, foi presa em 2018 considerada mandante do crime numa tentativa de adquirir o dinheiro todo para si. A mulher foi condenada a 20 anos de prisão e hoje está em regime semiaberto.
Inicialmente esse dinheiro seria dividido entre irmãos de Renê e uma filha. Por causa dos problemas judiciais encontrados e a condenação de Adriana, dois testamentos entregues a justiça já haviam perdido a validade, com isso deixando Renata Senna, filha do homem, com 50% da herança por direito e o resto do dinheiro sendo dividido entre oito irmãos e um sobrinho de Renê.
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Em setembro de 2023, Renata protocolou uma petição na Justiça alegando que o documento havia perdido a validade e apresentou cópia de outro testamento, datado de 14 de outubro de 2006, onde ela aparecia como única herdeira do pai. Assim, a nova documentação revogou a anterior, dando a ela o direito de receber outros 50%, ficando com toda a herança.
Os irmãos de Renê não aceitaram essa decisão e no dia 4 de junho deste ano, entraram na justiça com um pedido de anulação do testamento entregue por Renata, alegando ilegalidade no pedido dela.
Sebastião Mendonça advogado que defende os irmãos e o sobrinho do falecido diz em relação ao processo: "o documento está com nulidades. A testemunha que participou do testamento tinha interesse na causa por já ter prestado assessoria financeira ao Renê e a Renata, que era inventariante do espólio. O código civil fala que tem interesse na causa, quem tem afinidade, ou é amigo, ou inimigo, não pode participar do ato".
17 anos depois do assassinato de Renê, o processo segue na justiça.