Contas de luz terão bandeira tarifária amarela a partir de julho
O Brasil estava desde 2020 na bandeira verde
Os consumidores já podem se organizar financeiramente pois, neste mês de julho, haverá mudanças na conta de luz. Segundo o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira tarifária amarela será adotada por causa das más condições de geração de energia enfrentadas pelo país. A medida funciona da seguinte maneira: são acrescentadas nas tarifas pagas consumidas, R$1,885 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h). O sistema de bandeiras tem como objetivo incentivar a economia de eletricidade, assim evitando as altas contas e cuidando da sustentabilidade do sistema.
De acordo com o órgão regulador, a necessidade de utilizar a bandeira amarela se deu por causa das previsões de chuvas abaixo do esperado até o fim do ano (cerca de 50%). O outro motivo é a expectativa do aumento da carga e do consumo de eletricidade.
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"Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira amarela foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), visto que atualmente não há despacho fora da ordem do mérito (GFOM) decidido pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)", explica a Aneel.
Ainda segundo a agência reguladora, a medida tem validade para todos os usuários do Sistema Interligado Nacional (Sin), que é a malha das linhas de transmissão que transporta a energia elétrica das usinas para os consumidores.
Ao todo, foram 26 meses sem a utilização de nenhuma cobrança adicional, ou seja, desde 2022 o Brasil estava na bandeira verde nas contas de luz. Porém, este ano, o cenário sofreu alteração.
A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015, pela Aneel, e são consideradas um espelho dos custos variáveis da geração de energia elétrica. A medida é dividida em níveis,e são indicadoras do valor que o Sistema Interligado Nacional está gastando para abastecer casas, comércios e indústrias.
No período de aplicação da bandeira verde, não é cobrado nada além do valor total da conta. Entretanto, quando as bandeiras vermelhas ou amarelas estão em vigência, há um acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kW/h) consumidos na conta de luz.
A Aneel aprovou em março uma redução dos valores das bandeiras, isso ocorreu por causa da situação hidrológica favorável, além da grande oferta de energia renovável no país e “aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional”.
Então, atualmente o valor das bandeiras são as seguintes:
Bandeira amarela (que irá entrar em vigor esse mês): saiu de R$2,989/kWh para R$ 1,885/kWh. Sofreu uma queda de 37%.
Bandeira vermelha patamar 1: saiu de R$ 6,50/kWh para R$4.463/KwH . Caiu 31,3%.
Bandeira vermelha patamar 2: saiu de R$ 9,795/kWh para R$ 7,877 kWh. Queda de quase 20%.