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No Dia do Taxista, motoristas contam sobre os desafios da profissão

Trabalho continua atemporal e fundamental

relogio min de leitura | Escrito por Renata Sena | 25 de julho de 2024 - 15:16
Neris Charret é conhecido como Neris do Táxi
Neris Charret é conhecido como Neris do Táxi -

Apesar da divergência de datas, segundo o calendário estadual do Rio de Janeiro é nesta quinta-feira, dia 25 de julho, que se comemora o Dia do Taxista. Uma data marcada para homenagear e refletir sobre os desafios enfrentados por esses profissionais que, há anos, são considerados essenciais para a mobilidade urbana na cidade.

Apesar das dificuldades que os profissionais passaram a enfrentar, com o surgimento dos carros por aplicativos, o trabalho dos taxistas continua atemporal e segue sendo fundamental. Mas, claro, que como em outros ofícios, o dia-a-dia apresenta diversos obstáculos e prazeres diários.

Imagem ilustrativa da imagem No Dia do Taxista, motoristas contam sobre os desafios da profissão

Neris Gomes Charret da Silva, 68, é casado há 37 anos, e pai de um casal. Taxista há 24 anos, Neris do táxis como é conhecido, trabalhava como metalúrgico quando descobriu que a filha precisaria de acompanhamento médico.


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“Para ter o horário mais livre e poder acompanhar ela nos tratamentos eu fui trabalhar como taxista. E lá se vão 24 anos na profissão que me ajudou a criar meus filhos, construir uma casa e, junto com minha esposa, manter a família”, contou.

Carlos Roberto Ribeiro Ferreira, tem 60 anos, e é taxista há 13 anos. Casado há 33, pai de duas meninas, uma de sangue e uma de coração, avó, vascaíno, fã do personagem Agostinho Carrara, da Grande Família, e conhecido como Cacá.

Assim como Neris, que também é torcedor cruzmaltino, Cacá comemora as conquistas que a profissão lhe dão, mas fala das dificuldades e dos gastos, e relembra que além das questões de segurança, os taxistas enfrentam uma concorrência crescente dos aplicativos de transporte, que mudaram significativamente o cenário do transporte individual na cidade. "É um desafio competir com os preços oferecidos pelos aplicativos. Além disso, os taxistas enfrentam os custos com documentos, taxas e exigências que o governo nos faz. É muito gasto que, muitas vezes, o passageiro não entende”, explicou.

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Mas, além disso, Cacá destacou como é prazeroso o contato com o público e com os colegas de profissão. “A gente acaba fazendo muitos amigos. Os clientes passam a virar colegas. Os colegas de profissão viram amigos. Como todo trabalho tem suas dificuldades, mas tem coisas boas também”,contou.

Neris relembra que nesses anos de profissão atendeu tantos clientes que alguns passaram a fazer parte da rotina. “Um passageiro era tão próximo, que após sua morte o filho dele manteve a amizade comigo. Isso é muito legal e, certamente, esse contato só os taxistas conseguem ter”, finalizou o profissional.

O Dia do Taxista não apenas celebra a importância desses profissionais para a cidade, mas também destaca a necessidade de políticas que apoiem a sustentabilidade econômica da profissão.. "Apesar dos desafios, estamos aqui para servir à cidade e aos seus habitantes”, finalizou Cacá.

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