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Nova espécie de árvore frutífera é descoberta por pesquisadores em Maricá

Árvore foi encontrada no Monumento Natural Municipal Pedra de Itaocaia

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de agosto de 2024 - 08:22
Siphoneugena carolynae é encontrada em Maricá
Siphoneugena carolynae é encontrada em Maricá -

Uma nova espécie de árvore frutífera foi descoberta em julho deste ano por pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no interior do Monumento Natural Municipal da Pedra de Itaocaia (MONA), em Maricá. A área é uma unidade de conservação municipal, localizada nas proximidades do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PESET) e tem atraído cientistas de várias partes do mundo pela riqueza de espécies nativas da Mata Atlântica. A nova árvore é uma parente distante da jabuticabeira.

Desde 2009, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEAS) apoia diretamente o Programa de Apoio às Unidades de Conservação (PRoUC), que consiste na captação de recursos auxílio na criação de unidades de conservação, elaboração de estudos técnicos, doação de equipamentos, viaturas e capacitações. O ProUC contribui para a proteção da biodiversidade da Mata Atlântica e tem como principal função garantir assistência técnica nas áreas protegidas.


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O estudo conduzido por Thiago Fernandes e João Marcelo Braga aponta que a Siphoneugena carolynae é a décima terceira espécie do gênero conhecida até hoje e possui apenas um único exemplar, uma árvore localizada em unidade de conservação. As expedições de campo foram feitas entre 2018 e 2023, no Morro Itaocaia, e ao longo das fases do desenvolvimento reprodutivo a espécie foi monitorada periodicamente.

O resultado da pesquisa foi divulgado na revista científica Brittonia, publicação do Jardim Botânico de Nova York, uma das mais respeitadas do mundo. A comunidade acadêmica está comemorando a descoberta. A árvore mede 7 metros de altura. Apesar de não ser uma espécie conhecida, o parente mais próximo é do gênero Plínia, das jabuticabeiras.

Frutos da nova espécie de árvore descoberta
Frutos da nova espécie de árvore descoberta |  Foto: Divulgação

Para o autor do estudo, Thiago Fernandes, os resultados destacam a importância de áreas protegidas relativamente pequenas para a conservação de espécies nativas e ameaçadas no estado do Rio:

"Essa nova descoberta é um passo adiante para o conhecimento pleno da flora da Mata Atlântica, que ainda abriga muitas espécies desconhecidas para a ciência. Além disso, demonstra a importância das áreas protegidas para a conservação dessa e de outras espécies raras e com distribuição restrita", disse.

Darwin andou por lá

O naturalista inglês Charles Darwin, quando esteve no Brasil visitando o Rio de Janeiro, ficou hospedado em uma fazenda onde hoje está o local de descoberta da nova espécie. Infelizmente durante a estadia no bioma, Darwin não descreveu a espécie, no entanto ficou fascinado pela biodiversidade da Mata Atlântica.

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