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Torcedor do Botafogo nega tenha cometido gestos racistas

Ele nega acusações e afirma que gestos filmados foram mal interpretados

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 20 de agosto de 2024 - 11:09
Morador de Maricá foi preso após atos racistas no Botafogo x Palmeiras
Morador de Maricá foi preso após atos racistas no Botafogo x Palmeiras -

O torcedor do Botafogo acusado de racismo após ser filmado fazendo gestos no Estádio Nilton Santos na semana passada, prestou depoimento à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Durante depoimento, ele negou ter cometido o crime.

Após o depoimento, o investigado deixou a delegacia discretamente, dirigindo-se ao carro de seu advogado. Em retaliação, torcedores do Botafogo atacaram o veículo e o chamaram de racista.


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O acusado, que ocupava um cargo na Secretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Maricá, foi exonerado após a repercussão das imagens nas redes sociais.

O site de notícias G1 obteve o depoimento, que durou mais de uma hora. Ele chegou à delegacia acompanhado de dois advogados e declarou que assistiu ao jogo com a namorada e mais cinco pessoas, cujas identidades não foram reveladas. Segundo ele, encontrou outro homem na entrada do estádio e, inicialmente, assistiu ao primeiro tempo na ala oeste inferior, próximo à ala norte, onde estava a torcida do Botafogo. No segundo tempo, mudou-se para o lado oposto, mais próximo da ala sul, onde havia menos público e uma divisão com a torcida do Palmeiras.

Ele relatou que, perto do final do jogo, a torcida do Palmeiras foi até a grade divisória e começou a fazer gestos e ofensas mútuas com a torcida do Botafogo, o que ele considera comum em estádios.

Sobre as imagens,  o homem alegou que o gesto em que bateu no braço e passou os dedos sobre a pele se referia à garra e ao sangue pelo time, em alusão à rivalidade entre os clubes e seus presidentes. Ele negou que estivesse imitando um macaco, afirmando que o gesto era uma preparação para luta, pois se considera lutador. Também alegou que o vídeo foi editado e contém cortes intencionais.

Além dele, um segundo torcedor, de 38 anos, morador de São Gonçalo, também prestou depoimento. Ele afirmou que, devido a um procedimento médico, tem sofrido apagões de memória e que estava bêbado durante o jogo. Ele se lembrou apenas de "flashes" do evento e também alegou que o vídeo foi editado e cortado. Ambos não revelaram os nomes das pessoas que estavam com eles.

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