Familiares se despedem de jovem morto com queda de poste em Niterói: "que a Justiça seja feita"
Corpo foi sepultado nesta sexta (30) no Cemitério do Maruí, no Barreto
Comoção e homenagens marcaram o sepultamento do marinheiro Luiz Felipe Silva, de 21 anos, que morreu na madrugada da última quinta (29) após ser atingido por um transformador em Camboinhas, Niterói. Dezenas de amigos e familiares estiveram presentes no velório, que aconteceu no Cemitério do Maruí, no Barreto, na tarde desta sexta-feira (30).
Colegas de farda da Marinha realizaram os procedimentos fúnebres de homenagem durante o cortejo, que foi acompanhado pelo som dos disparos e da trombeta. Familiares de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde o rapaz morava, chegaram cedo à cidade para acompanhar o velório. Ingrid Maia, tia de Luiz Felipe, falou sobre como o menino era querido pela família.
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"Ele era um menino maravilhoso, um exemplo de filho, de neto. Minha tia está transtornada, todos nós estamos. O pior de tudo é que o rapaz não parou para prestar socorro, para ver o que tinha acontecido. Ele veio a óbito e a gente está destroçado. É óbvio que nada vai trazer o nosso menino de volta, mas ele precisa pagar pela irresponsabilidade dele, porque ele destruiu uma família inteira, um futuro. O Luiz Felipe estava na Marinha, passou anos estudando. Era um menino brilhante e a gente só quer que a Justiça seja feita", disse Ingrid.
Nesta sexta (30), a 81ª DP (Itaipu) informou que o condutor do caminhão envolvido no episódio foi identificado e acionado. A carreta, que pertence à empresa Bolater e transportava uma máquina de terraplanagem, estava manobrando na Rua Prof. Florestan Fernandes, quando atingiu um poste de energia elétrica. Luiz Felipe estava em uma bicicleta elétrica e, segundo familiares que presenciaram o momento, parou para aguardar a manobra do veículo. O poste foi arrastado pelo caminhão e acabou caindo em cima do jovem, que não resistiu e morreu no local.
"A minha prima falou que o caminhão estava na contramão e que era um caminhão imenso, com um guindaste, que muito provavelmente não era permitido naquela região, que tem os fios muito baixos. Ele saiu arrastando os fios e o Luiz Felipe estava parado, esperando para poder atravessar em segurança. Ele estava voltando de uma lanchonete e não viu a hora que foi arrastado o poste e, infelizmente, caiu nele", disse a tia.
O condutor do caminhão deixou o local sem prestar socorro. À Polícia Civil, ele teria dito que não viu o rapaz ser atingido e que só soube da morte depois de sair da via. O caminhão que ele dirigia foi localizado em Minas Gerais. O motorista foi acionado e vai prestar depoimento na unidade de Polícia, que segue investigando o caso.
Em nota, a Bolater disse que lamenta profundamente o ocorrido e que vai colaborar com a apuração policial. "Estamos comprometidos em colaborar com as autoridades em todos os momentos da investigação e em prestar toda a ajuda necessária aos familiares", disse a empresa.