Brasil enfrenta a maior seca da história, apontam dados do Governo
Segundo Cemaden, período de baixa umidade é o mais intenso na história recente do país
O Brasil está enfrentando sua seca mais intensa da história, segundo o Governo Federal. Dados do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) indicam que o período de baixa umidade no país entre 2023 e 2024 é o mais intenso no país desde 1950, ano em que se começou a monitorar a estiagem no país.
A seca atual iniciou seu período de maior intensidade no final de 2023. De acordo com o Cemaden, ela já atingiu cerca de 3 milhões de km² do território nacional, superando os 2,5 milhões de km² da estiagem de 2015, que era considerada a pior da histórico. A única exceção da estiagem é o Rio Grande do Sul.
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Apesar disso, a situação em todo o país é preocupante, segundo o Cemaden. O nível dos rios tem diminuiu tanto que o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), responsável por monitorar o abastecimento de energia no país, determinou que as termoelétricas sejam ativadas para garantir que a oferta de energia elétrica no país não seja afetada.
Ainda de acordo com o órgão de monitoramento, a seca é multifatorial. Os principais motivos são o fenômeno do El Niño nas águas do Pacífico, os bloqueios atmosféricos ocorridos no meio do ano e o aquecimento anormal do oceano Atlântico Tropical Norte.
A previsão é de que as condições de estiagem permaneçam até o mês de novembro. Nesta quinta (05), o vice-presidente Geraldo Alckmin comentou a seca e disse que a questão é monitorada pelo Governo. "É a maior seca desde a década de 50, se você pegar os gráficos é a maior seca. Estamos vivendo o aquecimento global, e nós que estamos nos trópicos vamos sofrer mais do que quem está no norte do planeta. Então, é uma questão importantíssima", disse o vice-presidente.