Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,6788 | Euro R$ 6,1388
Search

Brasil concentra mais de 70% das queimadas na América do Sul nas últimas 48h

Amazônia representa 49% das áreas atingidas

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 14 de setembro de 2024 - 17:09
Brasil já registrou 180.137 focos de incêndio em 2024
Brasil já registrou 180.137 focos de incêndio em 2024 -

Nos últimos dois dias, o Brasil registou 7.322 focos de incêndio, segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Isso representa 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul nas últimas 48 horas, até a última sexta-feira (13).

Logo depois, vem Bolívia com 1.137 focos (11,2%), Peru com 842 (8,3%), Argentina com 433 (4,3%) e Paraguai com 271 (2,7%) focos de queimadas nas últimas 48 horas.

Considerando o acumulado durante todo o ano, até ontem, o Brasil registrou 180.137 focos em 2024, 50,6% dos incêndios da América do Sul. O número é 108% maior em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram anotados 86.256 focos entre janeiro e 13 de setembro. Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera a lista, com 1.379 registros nas últimas 48 horas, seguido por Amazonas, com 1.205, Pará, com 1.001, e Acre, com 513 focos.


Leia mais

Placa da estátua de Marielle Franco é furtada no Rio

Agência dos Correios no Zé Garoto vai fechar; entenda


Em relação aos municípios, Cáceres, no Mato Grosso, está em primeiro lugar com 237 focos nas últimas 48 horas. Novo Aripuanã (AM) e São Félix do Xingu (PA) vêm logo atrás com 204 e 187 focos de incêndio, respectivamente. 

Os biomas mais prejudicados pelos incêndios foram a Amazônia concentrando 49% das áreas atingidas, depois o Cerrado (30,5%), a Mata Atlântica (13,2%), o Pantanal (5,4%) e a Caatinga (1,9%).

País concentrou 71,9% das queimadas da América do Sul nos últimos dois dias
País concentrou 71,9% das queimadas da América do Sul nos últimos dois dias |  Foto: Agência Brasil/ Divulgação

O estopim das queimadas 

A Polícia Federal (PF) aponta indícios de que parte dos incêndios florestais no país podem ter ocorrido por meio de ações coordenadas. A mesma hipótese foi levantada pelo atual Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que decretou medidas para o combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal. O uso do fogo para práticas agrícolas nas regiões está proibido e é crime, com pena de dois a quatro anos de prisão.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, associados a estas práticas, os incêndios florestais na América do Sul também são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas em biomas como o Pantanal e Amazônia. Em 2024, 58% do território nacional foi afetado pela seca. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca extrema.

Além das consequências para o meio ambiente, o grande volume de queimadas no país tem pressionado o sistema de saúde e causado preocupação, principalmente em relação a idosos e crianças com problemas respiratórios, por conta da baixa qualidade do ar. 

Matérias Relacionadas