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Adeus, Zé Gotinha? Vacina oral da poliomielite será substituída por versão injetável

A previsão de mudança é de menos de dois meses

relogio min de leitura | Escrito por Agência Brasil | 19 de setembro de 2024 - 12:33
Substituição ocorrerá em todo o país
Substituição ocorrerá em todo o país -

A vacina oral da poliomielite (VOP), famosa pela aplicação em formato de gotinhas, será substituída pelo seu formato injetável(VIP) no Brasil. Segundo a representante do Comitê Materno-Infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia, Ana Frota, previsão é de que a troca seja realizada até o dia 04 de novembro, em todo o país. 

A substituição da dose oral pela injetável no Brasil tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nos parece bem lógica a troca das vacinas”, avalia Ana, ao citar que, a partir de agora, a orientação é que a VOP seja utilizada apenas para controle de surtos, conforme ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. 

Ana lembrou que, entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças perderam parcial ou totalmente doses da vacinação de rotina. “A própria iniciativa global [Aliança Mundial para Vacinas e Imunização, parceria da OMS] teve que parar a vacinação contra a pólio por quatro meses durante a pandemia”, destacou. Outras situações que, de acordo com ela, comprometem e deixam lacunas na imitação incluem emergências humanitárias, conflitos e falta de acesso.


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Atualização do Ministério da Saúde

Em 2023, o Ministério da Saúde informou que adotaria exclusivamente a VIP como reforço aplicado aos 15 meses de vida, até então feito no formato oral. A dose injetável já vinha sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Por outro lado, a dose de reforço contra a pólio, antes aplicada aos 4 anos, segundo a pasta, não será mais necessária, já que o esquema vacinal com quatro doses vai garantir proteção completa contra a doença.

A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de poliomielite no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

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