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Ozempic: prefeito do Rio promete distribuição do medicamento genérico na rede pública de saúde

Eduardo Paes garantiu que após o vencimento da patente a caneta injetável poderá ser encontrada em postos da cidade

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 02 de outubro de 2024 - 12:14
A caneta injetável foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2
A caneta injetável foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2 -

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou em entrevista ao EXTRA, nesta quarta-feira (2), que irá colocar o medicamento Ozempic na rede pública de saúde assim que a patente perder a validade. A afirmação, como promessa de campanha, viralizou nas redes sociais.

A caneta injetável foi aprovada no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2, mas se popularizou no país pelo uso 'off label' para perda de peso. O princípio ativo do Ozempic é a semaglutida, uma forma sintética do hormônio GLP-1, que promove a saciedade. Por conta deste mecanismo, ele ajuda a emagrecer.


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Patente do Ozempic

Ainda segundo a declaração de Paes, a patente (atualmente sob posse da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk) irá ao fim no ano que vem. Mas, na verdade, ela vence em 2026, permitindo que laboratórios comercializem medicamentos genéricos ou similares. A indústria brasileira, assim como a de outros países onde a exclusividade também está perto de terminar, já se movimenta para introduzir versões mais baratas do remédio no mercado, que podem estar disponíveis já daqui a dois anos e, se seguir a tendência de outros remédios no Brasil, a preços de 15% a 60% inferiores.

Porém, antes mesmo de a patente expirar, os laboratórios já podem desenvolver as moléculas e realizar os estudos necessários para comprovar que tenham a mesma segurança e eficácia da original.

Laboratórios da China e da Índia, no entanto, já estão mais avançados no desenvolvimento e validação dessas moléculas em estudos. No início de abril, a chinesa Hangzhou Jiuyuan Gene Engineering submeteu às autoridades o primeiro pedido pedido de aprovação de um similar da semaglutida no país.

Já na Índia, empresas como Dr. Reddy’s, Cipla e Biocon também desenvolvem versões próprias da molécula. Em março, a Biocon recebeu o sinal verde no Reino Unido para seu genérico da liraglutida, uma substância semelhante à do Ozempic, porém mais antiga e menos eficaz. Há algumas semanas, a empresa anunciou um acordo com a brasileira Biomm para, a partir de 2026, comercializar sua versão similar da semalgutida no país.

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