Paciente infectado com HIV durante transplante é internado no CTI
Homem está sendo acompanhado pelo Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz
Um dos pacientes infectados com HIV durante transplante no Rio precisou ser internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), no último domingo (20). De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), a linha de emergência exclusiva para as pessoas afetadas no caso foi acionada. O homem, que teve o fígado transplantado, foi levado ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Zona Norte do Rio.
Além do atendimento emergencial, o protocolo também abrange acompanhamento ambulatorial e psicológico no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Uma junta de especialistas foi montada e estará à disposição permanente dos médicos que já acompanhavam esses pacientes para discussões e aconselhamento técnico.
A investigação aponta que o laboratório responsável pelos laudos de doadores, o PCS Saleme, trocou o controle diário para detecção do vírus por um semanal. A empresa foi contratada pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes. O estabelecimento teve o serviço suspenso logo após o caso ser descoberto e foi interditado. Com isso, os testes passaram a ser realizados pelo Hemorio.
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Desde o início das investigações da Polícia Civil, cinco pessoas foram presas. Walter Vieira, sócio do PCS Saleme, e Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório, foram detidos durante a Operação Verum na última segunda-feira (14). Já no dia seguinte, Jacqueline Iris Barcellar de Assis, auxiliar administrativa do estabelecimento, se entregou na Cidade da Polícia, em Benfica.
O biólogo Cleber de Oliveira Santos foi detido na quarta-feira (16), após desembarcar no Aeroporto do Galeão de um voo de João Pessoa (PB). Neste domingo (20), durante a segunda fase, Adriana Vargas dos Anjos, coordenadora técnica do PCS Saleme, foi presa em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ela seria a pessoa responsável pela ordem para economizar no controle de qualidade nos testes de diagnósticos de HIV feitos pelo laboratório.
Os envolvidos foram autuados por diversos crimes como as relações de consumo, falsidade ideológica, infração sanitária, associação criminosa e falsificação de documento particular.