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Moradores denunciam transtornos causados por som alto e desordem em estabelecimentos de São Gonçalo; Vídeo

De acordo com registros feitos por moradores da Rua Dr. Francisco Portela, a agitação noturna ultrapassa o horário determinado por lei

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 31 de outubro de 2024 - 13:41
Segundo relatos, o "baile funk" vem causando transtorno aos moradores da região
Segundo relatos, o "baile funk" vem causando transtorno aos moradores da região -

Em São Gonçalo, polos gastronômicos e culturais, presentes na vida noturna da cidade, sempre foram bem vindos e, inclusive, festejados pela população que busca ambientes de lazer para desfrutar, principalmente, aos finais de semana. Porém, ao longo dos últimos anos, a vida noturna da cidade se tornou motivo de transtorno para os moradores, que se veem incomodados com a poluição sonora e desordem crescentes que se estendem pela madrugada em alguns bairros do município. 

Na Rua Dr. Francisco Portela, mais especificamente nos bairros Patronato e Camarão, a agitação na madrugada tem ultrapassado o horário determinado por lei. Nesta quinta-feira (31), moradores destes dois bairros denunciaram tais excessos que vem, literalmente, tirando o sono, sossego e paz.


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No Patronato, um bar localizado em frente ao portão principal da UERJ, quase na esquina da Rua Maria Rita, tem deixado os moradores da região "de cabelo em pé", diante do "baile funk" realizado no estabelecimento, que se estende por toda a madrugada, com clientes espalhados pela calçada e até mesmo pela via principal, onde há a circulação de veículos.

"Toda madrugada de quarta pra quinta é esse inferno, só briga, confusão. A noite toda baile funk no meio da rua, que é uma das principais ruas da cidade. Ninguém respeita ninguém, ninguém consegue dormir porque fica essa bagunça até 5h, 6h da manhã. É moto na contramão, é gente dançando no meio da rua, som nas alturas, ninguém aguenta mais", denunciou Leandro Barros, morador da região, que fez o registro do momento: 


Autor: Divulgação

Na mesma rua, já no bairro Camarão, o transtorno também é constantemente registrado pelos moradores, que são obrigados a conviver com o som alto promovido por um posto de combustível, localizado na rua em frente ao principal mercado do bairro.

"Ontem o som começou por volta das 21h e hoje, quando saí para trabalhar, por volta das 7h, o som continuava. E mesmo quando não tem o som dos carros que estacionam por ali, o próprio posto coloca uma caixa de som, com intuito de atrair as pessoas para consumir no local, na loja de conveniência do estabelecimento. Ali acontece tanto o "esquenta" pras festas, quando o "after", então não tem hora para acabar. E para a gente, que trabalha, que tem filho pequeno em casa, é um transtorno né. Estou indignada, não aguento mais essa situação", contou a moradora Marcia da Mata.

No local, inclusive, já foram registradas diversas ocorrências, como tiroteios e assassinatos, conforme publicado anteriormente por O SÃO GONÇALO

Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Gonçalo informou em nota que realiza ações integradas com frequência, em especial no horário noturno, com a Subsecretaria de Posturas, Guarda Municipal e a Secretaria de Meio Ambiente, a fim de fiscalizar os estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes.

"A Subsecretaria de Posturas enviará uma equipe ao local para checar a denúncia e tomar as devidas providências, se for o caso. A subsecretaria orienta que, se a perturbação sonora acontecer em estabelecimento comercial, a população também pode fazer a denúncia no aplicativo Colab. Em caso de som alto em residências, a pessoa deve entrar em contato com a Polícia Militar, através do 190", disse em nota. 

Também procurada pela reportagem, a Polícia Militar *informou que "as equipes da corporação atuam no policiamento ostensivo, com foco na repressão às modalidades criminosas diversas. Em situações como as relatadas, nossas equipes vão ao local e orientam os presentes quanto ao volume do som. Havendo insistência, os envolvidos são conduzidos junto aos solicitantes para prestar esclarecimentos em delegacia.

Vale ressaltar que na esfera municipal, as prefeituras são responsáveis pela fiscalização de poluição sonora no âmbito do controle do ordenamento urbano das cidades, atuando no controle proveniente da emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais, religiosas ou recreativas, devidamente licenciados, obedecendo aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidas pela Legislação Estadual vigente".

*Atualização às 15h - 31/10/2024

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