Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 5,6568 | Euro R$ 6,1144
Search

Vacina de poliomielite em gotinhas é substituída por dose injetável

Brasil segue uma tendência mundial ao interromper o uso da vacina de gotinha

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 04 de novembro de 2024 - 14:45
O Ministério da Saúde substitui as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente pela injetável
O Ministério da Saúde substitui as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente pela injetável -

O Ministério da Saúde comunicou que a partir desta segunda feira (4), as duas doses orais, de reforço da VOP (vacina oral poliomielite bivalente), conhecida como "gotinha", serão substituídas por uma dose injetável inativa de poliomielite (VIP). A mudança segue uma tendência mundial, que foi amplamente discutida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o Ministério, a mudança é baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o sistema vacinal ainda mais seguro. 

Anteriormente, o esquema funcionava com três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses da criança, com duas doses de reforço com a VOP, aos 15 meses e 4 anos de idade. Agora com a mudança, será necessário apenas uma dose de reforço com a VIP. 


Leia também: 

Corpo é encontrado na Baía de Guanabara, na altura da Ilha da Conceição

Polícia Federal prende dois homens com 12kg de maconha no Galeão


Veja como o novo esquema vacinal funcionará: 

- Primeira dose aos 2 meses

- Segunda aos 4

- Terceiro aos 6

- Dose de reforço aos 15 meses 

O Ministério da Saúde reforça que o Zé Gotinha, continuará trabalhando em prol da vacinação infantil. A comunidade médica falou sobre os benefícios e mudanças com á substituição do vírus enfraquecido para o morto. 

“Quando eu substituo a vacina oral, eu estou tirando [do esquema] uma vacina de vírus vivo. Esse tipo de vacina apresenta algumas restrições, principalmente para crianças com alterações na imunidade, que podem ter problemas quando tomam vacinas de vírus vivo”, explica Alfredo Gilio, Coordenador da Clínica de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein.

“Quando usamos a vacina oral de vírus vivo, ele é excretado nas fezes. Em um país como o Brasil, com baixa taxa de saneamento, esse vírus pode ser esparramado na comunidade”. O vírus vivo no meio ambiente gera o risco de se transformar e formar o poliovírus derivado vacinal, que pode ser patogênico. Existe até um descritivo disso em outros países. Mas, no Brasil, ainda é um risco teórico”, afirma.

Matérias Relacionadas