O que é o G20? Especialista explica os desafios de receber pela primeira vez evento mundial
Veja quais países formam o grande encontro global
A questão da segurança pública é um assunto muito importante na sociedade brasileira e a atenção sobre esse tema redobra quando acontecem eventos de grande destaque para o país, como a reunião do G20. Mas o que é o G20 e por que ele é tão importante? O G20 é nada mais do que a reunião de representantes diplomáticos das 20 maiores economias mundiais para discutir temas econômicos e questões globais importantes.
O nome “G20” significa “Grupo dos 20”, formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além do bloco econômico da União Europeia. A reunião da Cúpula de Líderes do G20 acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. Para os moradores do Rio, essas datas serão feriados. "O objetivo é reduzir o trânsito nos dias em que a cidade recebe as autoridades mundiais", explicou o prefeito Eduardo Paes.
Como surgiu o G20?
O G20 foi criado em 1999, após uma grave crise econômica que afetou vários países da Ásia e teve impacto mundial. A crise mostrou que as economias dos países estão muito interligadas, e problemas econômicos em uma região podem afetar várias outras. Para evitar crises futuras e promover a estabilidade financeira global, os países decidiram formar esse grupo para discutir soluções em conjunto.
Inicialmente, as reuniões do G20 eram feitas entre ministros das finanças e presidentes de bancos centrais. No entanto, com a crise financeira de 2008, que afetou diversos países, os líderes das nações do G20 passaram a se reunir também para tomar decisões mais amplas. Desde então, o grupo se reúne todos os anos para discutir temas como crescimento econômico, mudanças climáticas, comércio, saúde, desenvolvimento sustentável e combate à pobreza.
O G20 é importante porque representa cerca de 80% da economia mundial e quase dois terços da população do planeta. Isso significa que as decisões e discussões realizadas nessas reuniões têm um grande impacto em nível global. As ações e compromissos firmados pelo grupo ajudam a definir políticas e ações que podem beneficiar várias nações, principalmente as que são diretamente afetadas pelas grandes economias.
Além da economia, o G20 discute temas variados, como:
Mudanças climáticas e sustentabilidade: Acordos para reduzir a emissão de gases poluentes e proteger o meio ambiente.
Combate à pobreza e desigualdade: Projetos para melhorar as condições de vida em países em desenvolvimento.
Saúde global: Colaboração para enfrentar pandemias e melhorar os sistemas de saúde.
Tecnologia e inovação: Regulamentação e incentivo ao desenvolvimento tecnológico de maneira responsável.
Será a primeira vez que o Brasil recebe o G20 e a cidade do Rio teve seu aparato de segurança reforçado para sediar o encontro. Em decorrência da visibilidade que o evento traz para o país, e com a presença de pessoas importantes na política mundial, o risco de grandes manifestações, ameaças e ataques terroristas, sem contar os problemas já enfrentados pela cidade, se tornam mais uma preocupação dos representantes da segurança pública. Especialista em Segurança Pública e Privada, Rivaldo Anjos explica como esses riscos podem ser reduzidos fazendo uso da tecnologia.
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De acordo com o especialista, é necessário que exista um provisionamento de seguranças, de posicionamento de câmeras e de monitoramento, com o objetivo de evitar aglomerações, mas caso ocorram possam enviar maior apoio das forças policiais para o local em questão. O especialista também ressalta que o intercâmbio de informações com agências internacionais podem ajudar na criação de uma estratégia preventiva.
“A atividade de inteligência trabalha fazendo a coleta de dados, especificamente em relação às vulnerabilidades e ameaças, que podem gerar o risco nesses eventos, ou seja, faz um trabalho de levantamento de pessoas e movimentação de todos que estarão participando daquele evento”, afirma.