Caso Anic Herdy: assassino teria entrado em contato com a filha de dentro da cadeia
A advogada foi morta em fevereiro, mas seu corpo só foi encontro em setembro
O assassino da advogada Anic Herdy, Lourival Correa Netto Fatica, teria entrado em contato com a filha e mandado mensagens duas vezes de dentro da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde estava desde o dia 22 de março.
Segundo o portal G1, um relatório da polícia aponta que Lourival contatou Maria Luiza pela primeira vez em 27 de março. Na ligação, ele orienta a filha a dar instruções ao advogado de defesa sobre um rastreador no carro apreendido no momento da prisão. "Fala para o advogado sobre o carro. Mas para ele ter cuidado, pois pode se voltar contra mim, sacou? Hoje não chamo mais. Amo você. Eu estou bem. Estou na sala dos polícias", disse indicando que não conseguiria mais entrar em contato com Maria Luiza.
Durante outra interação dos dois, ele diz para a filha salvar as mensagens e apagar as conversas, a fim de evitar rastros. Lourival também dá algumas direcionamentos em relação a pagamentos de contas a serem feitos, como luz, gás, aluguel, seguros e parcela de veículos.
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Relembre o ocorrido
A advogada e estudante de psicologia Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, desapareceu no dia 29 de fevereiro e teve seu corpo encontrado apenas sete meses depois, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio. O mentor e autor confesso dos crimes de sequestro e extorsão foi Lourival Fatica, que trabalhava para Anic e foi apontado como seu amante. Ele foi preso junto com os filhos, Maria Luíza e Henrique, além de Rebecca Azevedo dos Santos - amante do criminoso. Os filhos de Lourival tiveram a prisão revogada pela justiça em outubro.
Em setembro, com uma nova defesa, Lourival confessou o assassinato da advogada e disse que o crime foi cometido a mando de Benjamim, viúvo da vítima. Ele também deu uma nova versão sobre a dinâmica da morte e apontou onde estava o corpo - em um buraco concretado na garagem de sua casa. Depois do encontro do cadáver de Anic, a polícia passou a investigar a versão de Lourival. Até o momento, as autoridades não encontraram provas de que o viúvo tenha relação com o crime.
Segundo Fatica, ele assassinou Anic dentro de um motel no distrito de Itaipava, em Petrópolis. Um laudo do exame de necropsia do dia 18 de outubro revelou que a causa da morte de Anic foi estrangulamento, com o uso de uma abraçadeira plástica, também conhecida como “enforca-gato".