Braga Netto é preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro
O ex-vice na chapa de Bolsonaro em 2022 é alvo das investigações que apurava a tentativa de golpe de Estado e homicídio do presidente Lula
Walter Souza Braga Netto, foi preso pela Polícia Federal, na manhã deste sábado (14), em Copacabana, Rio de Janeiro. O general da reserva do Exército e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no mandado de Jair Bolsonaro, será entregue ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército.
Braga Netto é acusado de envolvimento na tentativa de golpe e no homicídio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da vice General Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes, investigado pela Operação Contragolpe.
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A informação da prisão do ex-vice de Bolsonaro na chapa de 2022, veio a público através do blog da jornalista Andréia Sadi, do portal G1.
No momento, estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão, além de uma medida cautelar diversa da prisão “contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas e instrução processual penal”, informa a PF.
“As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas”, alega a corporação. As ações da operação estão sendo realizadas no Rio de Janeiro e em Brasília, com o auxílio do Exército.
A Polícia Federal, em novembro, indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex -ministros Braga Netto, além de Augusto Heleno, no inquérito que apura a tentativa de golpe em 2022. Ao todo, são 37 indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e também organização criminosa. Na lista, também consta o nome de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
De acordo com as investigações realizadas pela PF, Braga Netto, fazia parte do “Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado”, e do “Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas”.
Além disso, as investigações também apontam que Braga Netto era responsável por escolher as pessoas que seriam alvos de amplificação de ataques pessoais em militares que ocupavam posição de comando que não aceitavam as investidas golpistas, e também de incentivar outros núcleos de atuação.