Instagram Facebook Twitter Whatsapp
Dólar R$ 6,1351 | Euro R$ 6,3676
Search

Comércio de São Gonçalo aposta na última semana antes do Natal para alavancar vendas

Comerciantes de Alcântara ainda veem o movimento tímido neste fim de ano, mas concentram suas estratégias no Natal, que tradicionalmente representa o ponto alto do calendário de consumo do calendário anual

relogio min de leitura | Escrito por Lívia Mendonça | 20 de dezembro de 2024 - 08:00
A Rua da Feira, em Alcântara, é um dos lugares mais procurados pelos gonçalenses na hora de fazer as compras de fim de ano
A Rua da Feira, em Alcântara, é um dos lugares mais procurados pelos gonçalenses na hora de fazer as compras de fim de ano -

Com a chegada do mês de dezembro, o comércio de todo o país, em especial da cidade de São Gonçalo, entra em um dos períodos mais aguardados do ano: as vendas de fim de ano. Após o impulso inicial proporcionado pela Black Friday, os lojistas agora concentram suas estratégias no Natal, que tradicionalmente representa o ponto alto do calendário de consumo.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), de forma geral, os lojistas estão confiantes em relação às vendas neste fim de ano. O cenário é medido pelo Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). Em novembro, ele alcançou 113,5 pontos, o que representa um aumento de 1,4% em relação a outubro e um avanço de 2,9% na comparação com novembro de 2023.


Leia também 

Natal sobre rodas: Ônibus decorado leva alegria e encanto aos moradores de Niterói e São Gonçalo

Decoração natalina de casa em Alcântara vira atração turística do bairro


Vendas em São Gonçalo

A região da Rua da Feira, em Alcântara, uma das mais procuradas da cidade para fazer compras, está se preparando para um fim de ano movimentado, com expectativas de crescimento nas vendas, apesar das dificuldades enfrentadas pelos lojistas, que relatam que, apesar da movimentação alcançada no período da Black Friday, as vendas este ano ainda estão aquém das expectativas.

Comerciantes como Bruna Guimarães, de 26 anos, destacam que o aumento das compras online e o comportamento mais cauteloso dos consumidores têm impactado negativamente o comércio físico.

"Ainda estou achando um pouco devagar, não sei se é porque ainda estamos nas primeiras semanas, mas acredito que agora, mais perto do Natal, vai melhorar. A gente tem que se virar, né? Fazer promoção, atrair o cliente, porque hoje em dia, com a facilidade das compras online, o consumidor perdeu um pouco do gosto de ir às compras nas lojas físicas. Então, temos que procurar saídas quando a procura não é tão grande", afirmou a profissional, que há três anos gerencia uma loja de roupas femininas na Rua da Feira.

Bruna Guimarães, de 26 anos, está esperançosa para o aumento das vendas de fim de ano
Bruna Guimarães, de 26 anos, está esperançosa para o aumento das vendas de fim de ano |  Foto: Layla Mussi

Comerciante desde os 12 anos, Sérgio Gitahy, 60, também aguarda ansioso pelos últimos dias deste mês, que prometem alavancar as vendas da região, visto a "fama" do brasileiro em deixar para correr atrás dos presentes na última hora.

"A procura dos clientes no Natal é sempre maior, mas esse ano acreditamos que as vendas serão melhores nos dias que antecedem o Natal, bem em cima da hora mesmo, porque o brasileiro tem esse costume", afirmou o comerciante, que completou, garantindo que a relação com o cliente se fortalece no momento das vendas: "É R$ 40? Faço por R$ 30, e assim a gente vai chegando num acordo e dá tudo certo".

Comerciante desde os 12 anos, Sérgio Gitahy espera que as vendas melhorem nos últimos dias do mês
Comerciante desde os 12 anos, Sérgio Gitahy espera que as vendas melhorem nos últimos dias do mês |  Foto: Layla Mussi

No entanto, mesmo diante das incertezas do comércio, há quem aposte na recuperação das vendas, como o presidente da associação comercial de São Gonçalo, que aguarda um aumento de 3% a 4% nas vendas nestas festas natalinas de 2024.

"As festas nacionais são datas importantes para o incremento das vendas de produtos e serviços para o comércio de maneira geral. Em especial a chegada de dezembro, o comércio de São Gonçalo entra em um dos períodos mais esperados do ano. As perspectivas são otimistas, principalmente devido à configuração que a cidade tomou com as intervenções de obras, iluminação e paisagismo que a prefeitura implementou nos últimos anos. A injeção de recursos oriundos do 13º salário provavelmente também irá estimular ainda mais o consumo, o que é essencial para fechar o ano com números positivos. Aguardamos um aumento de 3% a 4% nas vendas nestas festas", afirmou Evanildo Barreto.

Impacto na economia 

Viagens, decorações, confraternizações, passeios e presentes impactam as finanças dos brasileiros, que aguardam o ano todo por este momento, que vai desde a união e o agradecimento até a ostentação. Essas razões levam os brasileiros às ruas em busca da melhor forma de aproveitar o dia 25 de dezembro e a passagem do ano.

De acordo com o levantamento do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio), para estimular os consumidores, os lojistas estão fazendo promoções e procurando oferecer descontos com planos de pagamentos facilitados, considerando as possibilidades de vendas. Os segmentos com maior expectativa para o Natal são roupas, calçados, brinquedos, bolsas e acessórios, celulares, perfumaria/beleza e bijuterias.

O levantamento também aponta que a maioria dos comerciantes se planejou melhor do que no ano passado, pois cerca de 90% acham o volume de mercadorias estocadas compatível com o que se espera vender.

Segundo estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o volume de vendas para o Natal de 2024 deve movimentar R$ 69,75 bilhões. A região Sudeste, formada por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, deve gerar, sozinha, metade do valor esperado para todo o país: cerca de R$ 35,38 bilhões.

Porém, ainda de acordo com a CNC, mesmo diante de um cenário positivo, os números sugerem um processo de recuperação lento e gradual, ainda distante dos níveis pré-pandêmicos.

Matérias Relacionadas