Criança vítima de afogamento recebe alta após três meses de internação
Médicos alertam para o aumento no número de casos com a chegada do verão
O pequeno Lucas Castro, de 2 anos, recebeu alta do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), no Colubandê, em São Gonçalo, na manhã desta terça-feira (17). A criança chegou à unidade, em setembro, após se afogar na piscina de casa, em Itaboraí. Médicos do hospital aproveitaram o momento para fazer um alerta sobre os riscos de afogamento com a chegada do verão.
Os pais do menino, Rafael Castro e Renato Alves, deixaram o hospital emocionados e ao lado da equipe médica, de enfermagem e multidisciplinar. “Nosso filho chegou muito grave. Foi entubado e seu quadro de saúde não melhorava. Chegamos a pensar em perder o Lucas. Mas Deus e toda equipe do hospital cuidaram do nosso bebê e hoje estamos indo para casa”.
Lucas ainda terá um longo tratamento pela frente, segundo a equipe médica. “Ele é um milagre de Deus. Foram quase três meses de tratamento intensivo e este processo continuará, com medicação, novos exames e fisioterapia. Mas o resultado foi positivo e o Lucas está seguindo para a sua casa ao lado família”, comemorou a médica Melissa Monção.
Leia também:
➤ Vini Jr. é eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa
➤ Irmã de MC Kevin morre aos 36 anos de idade
A profissional aproveitou a alta do menino para fazer um alerta aos pais: “Com a chegada do verão, no próximo dia 22, o número de crianças afogadas aumenta nas grandes emergências e muitas não têm um final feliz igual ao do Lucas. Então temos que redobrar a atenção”, garante a médica.
Na manhã da última segunda-feira (16) mais uma criança afogada chegou ao Centro de Trauma do HEAT. Um menino de 9 anos foi socorrido pelos pais e encontra-se entubado, em estado grave, no Centro de Tratamento Intensivo.
Mas nas estatísticas de afogamento também estão jovens e adultos. No último domingo, um turista da Bósnia, de 20 anos, deu entrada no Centro de Trauma do Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), em Araruama. De acordo com a equipe médica o seu estado de saúde é grave.
No último verão, os dois hospitais que são referência no atendimento a pacientes de média e alta complexidade, receberam 37 casos de afogamentos. A maioria das vítimas saiu sem sequelas, mas outras não tiveram a mesma sorte, e ficaram paraplégicas, tetraplégicas ou evoluíram para óbito.