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Processo movido por Ludmilla contra Marcão do Povo, por racismo, sofre reviravolta

Defesa do apresentador recorreu ao STJ para tentar reverter uma condenação de junho de 2023

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 24 de dezembro de 2024 - 12:35
Marcão do Povo e Ludmilla brigam na justiça após falas racistas do apresentador
Marcão do Povo e Ludmilla brigam na justiça após falas racistas do apresentador -

O processo que a cantora Ludmilla abriu contra o apresentador Marcão do Povo, em 2017, segue longe de terminar. Marcão foi condenado por racismo pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e, em seguida, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No atual momento, saiu vencedor.

A ministra Daniela Teixeira acabou absolvendo o apresentador da acusação de injúria racial, na semana passada. Ela afirmou que a primeira condenação, em junho de 2023, foi feita com base em um vídeo que teria sofrido alterações.

Segundo Teixeira, houve falha na sentença e era necessário ter acesso à gravação completa para que pudesse haver uma decisão: "É temerosa a aceitação de vídeo editado para sustentar um decreto condenatório em que foi excluída toda a fala do recorrente, havendo ênfase em determinadas expressões sem a devida contextualização”, afirmou ela no texto.


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Os advogados de Ludmilla, através de uma nota oficial, revelaram que irão recorrer ao STJ no início de 2025: "Confiamos que o colegiado reverterá a decisão, julgando a conduta do acusado criminosa e preconceituosa, impedindo, assim, um imenso retrocesso para a luta contra o racismo no País."

Em 2017, enquanto ainda comandava o Balanço Geral DF, da Record, Marcão do Povo foi acusado de injúria racial pela cantora, ao se referir a ela como "pobre e macaca". Na ocasião, ele comentava uma notícia que Lud teria evitado posar para fotos com os fãs.

Ele ainda completou: "É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também."

O jornalista acabou demitido da Record logo depois. Em seu pedido de desculpas, Marcão do Povo alegou que o termo utilizado por ele seria uma "expressão regional".

No início do ano passado, o apresentador foi inocentado em primeira instância. Em meados de 2023, a decisão foi revertida e o jornalista foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a 1 ano e quatro meses de prisão, além de indenização de R$ 30 mil.

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