Sueco, o pagodeiro que trocou a bola pelo microfone e agora está 'Jogando em Casa' no YouTube
Cantor lançou audiovisual com sucessos do pagode e músicas autorais, com participação de nomes de destaque do pagode
Para divulgar seu novo projeto audiovisual nas redes, 'Jogando Em Casa', o cantor de pagodes Sueco visitou as redações do jornal O SÃO GONÇALO e da TV Universo na última semana. Morador de Niterói e com uma vasta agenda musical em casas de shows da Região Metropolitana, o pagodeiro conta que 'Jogando Em Casa' é o trabalho mais ambicioso de sua carreira com repertório de sucessos do pagode e canções autorais. O projeto conta com a participação de Gamadinho, Diney, Chininha e Fabinho.
O cantor conta que transportar seu trabalho para a plataforma audiovisual era um sonho profissional que já vinha desenvolvendo há algum tempo. “Foi um projeto demorado, bem pensado, deu trabalho para fazer, mas, graças a Deus, no final deu tudo certo. Saiu do jeito que eu queria. Fiquei muito feliz. Pude cantar com artistas que eu admirava antes e só conhecia escutando nas rádios ou indo aos shows. Nesse trabalho, eu tive a honra de poder cantar com esses caras. Estava no palco gravando, olhei e falei: ‘caramba, que maneiro, para minha carreira. Sem dúvidas, até hoje, [esse] foi o maior projeto da minha carreira...está sendo, né?”, conta o artista.
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Com direção musical e arranjos de Ian Félix, Gabriel Testa e Jotta Moraes, o audiovisual conta com o apoio de artistas que inspiram o trabalho de Sueco - o que inclui desde amigos de mais tempo, como Fabinho, até cantores que ele acompanhava de longe, como Chininha. Para compor a seleção de convidados, Sueco precisou correr atrás dos nomes que desejava de várias formas - no caso de Gamadinho -, ele confessa que teve de ser 'cara de pau' para fazer o convite.
“Eu fui abrir um show dele em Niterói. Acabou o show, ele estava no camarim lá, aí eu falei: ‘vou criar coragem e convidar ele’. Se eu não fizesse por mim, ninguém ia fazer. Invadi lá o camarim dele - ele já sabia quem eu era, claro, mas não tinha essa intimidade toda - e falei: ‘cara, dia 9 eu vou gravar um projeto audiovisual, o maior da minha vida, queria muito te convidar para cantar comigo’. Perguntei na 'cara de pau'. O não eu já tinha, né?”, relembra o pagodeiro.
O resultado foi um projeto que deixou não só Sueco como todo o público bastante satisfeito. “Teve uma aceitação ótima na rua, todo mundo curtiu. Acho que o que vale é isso. Quando você faz uma coisa com sentimento, uma coisa que vem do coração, automaticamente você vai agradar as pessoas”, defende o cantor. Entre todas as canções do repertório, a mais carregada desse “sentimento”, segundo Sueco, é Vou Te Bloquear, composição autoral gravada com Fabinho que escreveu junto com o colega Jefinho.
“Eu sempre começo [a compor] assim: pego violão, começo a cantar uma melodia e vem a ideia na cabeça. Aí comecei a escrever, perto da madrugada. Fui e mandei mensagem para o Jefinho: 'Poxa, tô com essa ideia aqui mano, me ajuda'. Mandei para ele e acho que em cerca de 15, 20 minutos a gente tinha já havia feito a música. Não foi uma história que aconteceu comigo nem com ele, mas às vezes a gente escreve o que a gente não vive, isso é normal. E assim fizemos essa canção que, particularmente, eu tenho muito carinho e acho uma canção muito bonita”, conta o cantor, que, há alguns anos, sequer imaginava se ver em cima dos palcos.
Filho do ex-jogador de futebol Fábio Augusto, com passagens por Botafogo e Flamengo, ele explica que, por muito tempo, pensou em seguir a carreira do pai no esporte. “Eu nunca imaginava trabalhar com música, muito menos ser cantor. Meu sonho, desde moleque, era jogar bola - até por causa do meu pai também. Eu sempre cresci no meio do futebol. Tentei, mas não deu. E aí, graças a Deus, a música entrou na minha vida”, relembra Sueco.
Com isso, o artista decidiu trocar seu nome, Gabriel Carvalho, pelo apelido de infância, Sueco (que surgiu quando passou conquistado uma temporada na Suécia, onde seu pai jogava num time local), e resolveu investir na carreira musical. Passou alguns anos como instrumentista, tocando num grupo de pagode na região, até seguir, há quatro anos, a sua própria carreira como vocalista de pagode.
“Quando eu integrava um grupo, eu tocava instrumentos. Nem sabia que eu cantava, fui descobrir depois de velho”, disse. Hoje, Sueco já não se imagina em outros lugares que não sejam o estúdio ou o palco. “Fui descobrindo esse dom e, hoje, eu só me vejo fazendo isso. Quero, se Deus quiser, dar um futuro melhor para minha família e morrer fazendo isso para sempre”, completa o cantor.
No caminho vieram alguns desafios - um deles, conta Sueco, era ‘furar a bolha’ da cena musical carioca. Ainda assim, ele sempre fez questão de celebrar suas raízes em Niterói “É uma cidade, pela qual, eu tenho o maior carinho. As barreiras sempre vão existir, mas acho que a barreira se quebra fazendo um bom trabalho. Devagarinho, fazendo o seu sem pisar em ninguém, com humildade, você vai conseguindo abrir os caminhos, naturalmente as portas vão se abrindo e é isso”, afirma.
Agora, ele já se prepara para os próximos passos da carreira, que inclui um projeto já gravado. "Já tenho algumas outras paradas. Inclusive já gravei outro audiovisual. Em dezembro, ‘deu’ uma loucura, gravei um audiovisual do nada - um pagode mais à vontade, que é o que a rua vem pedindo bastante. Mas isso aí é mais pra frente. Primeiro, eu vou trabalhar o 'Jogando Em Casa'. Acho que pode ser um projeto que vai abrir bastante portas, por ter contado com vários artistas que já têm nome na rua e tudo. Não só por isso, mas também pelo bom trabalho que foi feito musicalmente falando", conclui Sueco.
'Jogando Em Casa' está disponível no canal do YouTube de Sueco. Para acompanhar outros proejtos do artista, siga @cantorsueco no Instagram.