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Mulher denuncia injúria racial após receber e-mail automático de loja

"Macaca" estava salvo como sobrenome da mulher no cadastro da loja

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de janeiro de 2025 - 08:00
Mulher é vítima de injúria racial ao receber e-mail da Magazine Luiza
Mulher é vítima de injúria racial ao receber e-mail da Magazine Luiza -

Na tentativa de realizar uma compra no site da loja Magazine Luiza, uma cozinheira de São Paulo, precisou atualizar seus dados no site e recebeu um e-mail de confirmação, que começava com a frase "Olá, Macaca".  

"Fiz o procedimento das etapas do aplicativo para recuperar a conta. Logo, eles me pediram foto do documento, depois um reconhecimento facial. Fui recebendo os e-mails, mas não entrei porque sabia que era só confirmação. Finalizei minha compra, tive o prazo de entrega e fechei o app. No dia seguinte, fui olhar se tinha alguma mudança no status de entrega e olhei meus e-mails, e um me chamou atenção", contou Susan de Souza Sena, 35.

Em todas as mensagens automáticas enviadas pelaloja à cliente, foi usado seu primeiro nome, o que não aconteceu no e-mail de confirmação de cadastro. 


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Em nota, a empresa disse que "lamenta profundamente os constrangimentos sofridos pela cliente e reforça seu compromisso com o combate a qualquer tipo de preconceito ou discriminação". A empresa esclarece que o fato ocorrido nada tem a ver com o processo de biometria realizado pela cliente, essa operação é feita de forma 100% digital, sem qualquer interação humana. O mesmo acontece com as mensagens de confirmação enviadas pela Magalu para os consumidores."

Segundo Susan, uma funcionária do setor de diversidade e inclusão da empresa entrou em contato com ela para pedir desculpa e informou que seu cadastro era de 2011 e que alguém teria registrado o sobrenome dela como "macaca" no e-mail.

"Basicamente, meu sobrenome na Magazine Luiza é macaca, porque alguém colocou e ninguém viu. Meu sentimento é de revolta, angústia, ansiedade e tristeza. A gente mal começou o ano... Eu sou uma mulher de 35 anos. O racismo sempre foi muito presente na minha vida e hoje, com tanto avanço, tanta tecnologia, tanto aprendizado referente ao racismo, a gente vê que não mudou muita coisa", disse a cozinheira.

O Magazine Luiza explica que o cadastro original da cliente foi realizado em 2011, de forma online. "Para evitar que casos semelhantes se repitam, a companhia já excluiu o campo 'apelido' de seus formulários cadastrais e adotou uma lista de palavras inapropriadas, que passarão a ser vetadas no momento do preenchimento do cadastro".

O caso foi registrado como injúria racial no 50° Distrito Policial do Itaim Paulista, responsável pela investigação.

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