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María Corina é presa por forças militares após sair em manifestação contra Maduro

Líder da oposição venezuelana fez sua 1ª aparição pública em 5 meses nesta 5ª feira.

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 09 de janeiro de 2025 - 19:03
María Corina Machado, durante o ato contra Nicolas Maduro.
María Corina Machado, durante o ato contra Nicolas Maduro. -

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi presa enquanto saía de uma manifestação contra o presidente Nicolás Maduro na região de Caracas, nesta quinta-feira (9). As informações foram divulgadas pela imprensa local. A localização dela é desconhecida, segundo assessores ouvidos pelo g1.

María Corina fez a primeira aparição pública em cinco meses nesta quinta-feira, ao discursar para manifestantes na região de Chacao, nos arredores da capital venezuelana. O partido da opositora disse em uma rede social que membros do regime Maduro atacaram motos que estavam transportando María Corina Machado.

"María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao", publicou o Comando ConVzla, da oposição. Os partidos de oposição da Venezuela e seus apoiadores realizam protestos em todo o país, nesta quinta-feira, em um esforço para pressionar o presidente Nicolás Maduro. Os atos acontecem um dia antes da posse presidencial.

Em entrevista ao g1 em novembro, a líder da oposição afirmou que está escondida na Venezuela e que sofre perseguições, assim como outras pessoas que são contrárias ao regime de Maduro.

María Corina é acusada de uma série de crimes pelo Ministério Público da Venezuela. Em agosto, em um artigo no "The Wall Street Journal", ela afirmou que estava escondida por temer pela própria vida.

A opositora foi impedida de disputar as eleições de 2024, mas fez campanha para Edmundo González. Após a prisão, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu que María Corina fosse libertada imediatamente e exigiu que o governo Maduro respeite a integridade da opositora.

*A reportagem está sendo atualizada

A autoridade eleitoral e o tribunal superior do país, ambos controlados por apoiadores de Maduro, afirmam que Maduro venceu o pleito de julho, embora nunca tenham publicado os resultados detalhados.


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Já a oposição diz que Edmundo González, de 75 anos, venceu a eleição com uma vitória esmagadora. O partido publicou as contagens de votos como evidência, ganhando o apoio de governos de todo o mundo, inclusive dos Estados Unidos, que consideram o opositor como o presidente eleito.

González, que está em visita à República Dominicana nesta quinta, prometeu que estará em Caracas para tomar posse no dia 10. Ele deixou a Venezuela em setembro e se asilou na Espanha. O governo Maduro, que tem acusado a oposição de fomentar conspirações fascistas contra ele, disse que prenderá González caso ele retorne ao país.

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