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Alerta contra a dengue: com mais de 800 casos em todo estado, população pode ajudar a eliminar focos do mosquito

Em São Gonçalo, o constante descarte irregular de lixo em espaços públicos contribui no aumento de criadouros do mosquito Aedes aegypti

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 15 de janeiro de 2025 - 14:09
Em São Gonçalo, o descarte irregular de lixo em espaços públicos contribui no aumento de criadouros do mosquito da dengue
Em São Gonçalo, o descarte irregular de lixo em espaços públicos contribui no aumento de criadouros do mosquito da dengue -

Em todo o estado do Rio, durante as primeiras semanas de 2025, foram registrados 810 casos prováveis de dengue. Houve 50 internações e não há óbitos confirmados, até o momento. Os 810 casos correspondem ao período de 29/12/2024 à 14/01/2024. Os dados são inseridos no sistema pelos municípios e atualizados diariamente no 'Monitora RJ', ferramenta digital da Secretaria de Estado de Saúde.

Em 2024, ao longo de todo o ano, foram registrados 302.316 casos prováveis, 9.703 internações e 232 óbitos por dengue, em todo o estado. Nas três primeiras semanas epidemiológicas de 2024 (31/12/2023 a 20/01/2024) foram registrados 16.011 casos.

Já em 2023, ao longo de todo o ano, foram registrados 51.501 casos prováveis, houve 3.181 internações e 33 óbitos, em decorrência da doença. Nas três primeiras semanas epidemiológicas daquele ano (01/01/2023 a 21/01/2023) foram registrados 694 casos prováveis de dengue.


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Em São Gonçalo, o descarte irregular de lixo em espaços públicos antes mesmo do dia da coleta, é evidente em toda cidade. Isso contribui no aumento de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

"É sempre assim, as pessoas jogam o lixo aqui na principal, de qualquer jeito, fica tudo aberto, mexido, e aí a probabilidade de virar um foco de mosquito da dengue é muito alta, ainda mais agora que as chuvas estão mais constantes e a água pode acumular", contou Rafael Moraes, morador do bairro Pita.

População pode ajudar

Para a Secretaria de Estado de Saúde, o combate aos focos do Aedes aegypti é a ação prioritária. O Governo do Rio, por meio da SES-RJ, vai manter o monitoramento de casos e a campanha “Contra a dengue todo dia”, prevista no Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses, em apoio aos 92 municípios, com alertas e orientações sobre a doença.

Além disso, a SES-RJ reforça informações à sociedade sobre prevenção, destacando a importância da vistoria semanal para evitar água parada em latas, garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d'água descobertas e pratos sob vasos de plantas.

“No ano passado vivemos uma grande epidemia de dengue, que já começou no início do ano, portanto, o ano de 2024 foi considerado atípico. Analisando a série histórica, temos 2023, ano sem epidemia e quando registramos 694 casos prováveis nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano. Em 2025, já tivemos um aumento de 33% de casos em comparação com 2023. Isso nos acende um alerta para a importância da prevenção contra a doença”, explicou a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.

Para combater a dengue, é preciso:

- Manter o lixo bem acondicionado, em sacos e tambores fechados

- Eliminar pontos de água parada, como em pneus, garrafas, pratos de vasos de plantas, piscinas e calhas

- Cobrir caixas d'água, cisternas e outros grandes recipientes que armazenam água

- Limpar periodicamente calhas e ralos

- Substituir a água dos vasos de plantas por areia úmida

- Manter piscinas tratadas

- Evitar o descarte irregular de lixo em terrenos

Dados da dengue estão disponíveis no painel Monitora, da SES-RJ, na aba Arboviroses, neste link: https://monitorar.saude.rj.gov.br/.

Caso de dengue tipo 3

Na última quinta-feira (9), a SES/RJ confirmou o primeiro caso de dengue tipo 3 deste ano. A notificação é do município do Rio de Janeiro e a confirmação foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ). Trata-se de uma mulher de 60 anos.

Nos anos de 2023 e 2024 os sorotipos predominantes de dengue no país e no estado do Rio de Janeiro foram os sorotipos 1 (DENV1) e o 2 (DENV2). O sorotipo 3 não circula no estado do Rio de Janeiro desde 2007. Porém, no ano passado, foram registrados dois casos isolados, um em Paraty, na região da Costa Verde, e outro em Maricá, na região metropolitana II. Apesar da notificação do primeiro caso em 2025, o sorotipo 3 não circula de forma predominante no estado desde 2007, ou seja, existe uma grande parcela da população que nunca teve contato com este tipo da doença.

Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos tipos 1, 2 e 4, sendo os principais: febre alta (maior que 38°C); dor no corpo e articulações; náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.

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