Universidade Livre do Carnaval de Maricá oferece cursos para profissionalizar o setor
Ulcamar foi apresentada na última sexta-feira (17/01) para formar mão de obra para a economia criativa
Com a missão de profissionalizar a economia criativa da cidade com foco na maior festa popular do país, a Universidade Livre do Carnaval de Maricá (Ulcamar) foi lançada na última sexta-feira (17/01) no Cine Henfil, no Centro.
O projeto, que quando completo oferecerá até 60 cursos tecnológicos e livres, é uma ação da Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Cultura e Utopias, da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) e do Instituto de Ciência Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), com apoio do Instituto Brasil Social (IBS).
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Para o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, é importante utilizar o aprendizado e demanda do Carnaval para que possa formar profissionais na cidade.
“Essa é mais uma iniciativa da Codemar que sempre pensou na cultura, no turismo e no esporte como atividades e eventos para o desenvolvimento econômico. O Carnaval não pode estar fora disso. Ainda mais agora que a gente tem uma escola de samba desfilando na Sapucaí. É enxergar o carnaval como uma área de inovação e desenvolvimento”, destaca. E completa: “O carnaval vive em Maricá, Maricá vive pelo carnaval e com certeza o carnaval desse ano de 2025 vai trazer muitas alegrias para a nossa cidade”.
Para Sady Bianchin, secretário de Cultura e Utopias e ex-diretor de Economia Criativa da Codemar, onde foi iniciado o projeto da Ulcamar, o projeto é um marco na história da cidade.
"A Universidade Livre do Carnaval de Maricá tem uma importância enorme porque está na vanguarda do movimento da economia criativa. O mais importante é que vamos aglutinar o pensamento, a reflexão, a teoria através da rede brasileira de estudo sobre carnaval. Portanto, a Universidade Livre do Carnaval de Maricá estará formando, incluindo e fazendo a geração de renda da cadeia produtiva do carnaval a maior economia criativa do mundo", salienta.
Festa
A noite contou com shows das escolas de samba mirins da Grande Rio e Mangueira do Amanhã, que levou o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Estação Primeira de Mangueira, Cintya Santos e Matheus Olivério.
O primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê também se apresentou. Seu legado terá espaço dentro da universidade, bem como a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa). A União de Maricá, que desfila na série A do Carnaval do Rio de Janeiro, também realizou uma apresentação para a população.
Destaque no setor
Com a Ulcamar e a Rede Brasileira de Estudos do Carnaval (Rebeca), o município de Maricá vai despontar como um centro de pesquisa e formação de profissionais para a maior festa do país. Além dos cursos tecnológicos, haverá especializações em consultoria, gestão e produção. Atualmente, já existe o curso de aderecistas que acontece na Casa do Carnavalesco, em São José do Imbassaí.
O projeto pedagógico da universidade foi desenvolvido pelo Reitor da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, Paulo Gabriel. Segundo ele, o primeiro curso será o de produção cultural ligado ao Carnaval.
“A universidade livre é esse ambiente em que a gente cria estratégias de que todos, com qualquer grau de escolarização formal, possa aproveitar. A gente precisa associar formação profissional com elevação de escolaridade, então nós vamos ter uma plataforma de elevação de escolaridade associada a isso, e vamos ter também uma incubadora de gestão de produção do Carnaval, para que à medida que esses cursos terminem, a gente possa encaminhar e discutir como esses formandos podem chegar ao mercado de trabalho”, explica.