Alto verão, alta nos preços: Quiosques cobram preços exorbitantes em mesas e cadeiras em Itaipu
Além dos preços altos, banhistas reclamam da falta de espaço na faixa de areia
Com os dias de calor intenso em Niterói, muitos recorrem às praias para se refrescar e aproveitar as belezas naturais da cidade. Uma das praias mais procuradas é Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, conhecida por suas águas geladas e calmas. Mas, neste alto verão, calmaria é o que os banhistas estão perdendo com os preços cobrados pelos quiosques, além do pouco espaço que resta na areia para aqueles que preferem apenas estender suas cangas sem a obrigatoriedade de consumir.
Os valores cobrados pela utilização de mesas e cadeiras variam entre R$ 60 a R$ 150 e é "proibido" levar cooler (caixa térmica usada para conservar alimentos e bebidas).
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Segundo banhistas, determinados quiosques estariam cobrando o valor de R$ 150 para ocupar as mesas, e quando estão em grupos pequenos ou sozinhos, são acusados de não consumirem e proibidos de ficarem nas barracas. Além dessa taxa antecipada, outra forma de cobrar pelo serviço, é a obrigação de o cliente consumir os itens do cardápio.
Em outros casos, não há um valor fixo, havendo apenas a cobrança da taxa de 10% sobre o que for consumido. "Aqui não pago nada não, só vou pagar o valor de 10% que foi informado". A falta de comunicação, no entanto, gera atritos entre os consumidores e os atendentes dos quiosques.
"Já aconteceu de falta de informação, no momento é um preço e uma hora acaba alterando, não sei se por troca de turno, sei que acabou acontecendo isso", explicou o autônomo Thiago Reis, 35.
A reportagem de O São Gonçalo presenciou banhistas tentando alugar barracas, que foram cobrados no valor de R$ 70 por estarem com o cooler.
Com praia lotada, outro problema apontado foi a falta de espaço para quem não quer fazer uso dos quiosques.
"Além de ocuparem a areiam, ainda cobram porcentagem, eu acho meio pesado. É ruim só por causa do espaço", disse a professora aposentada Sandra Valter, 65, que prefere ficar em sua própria cadeira para aproveitar a praia.
A prefeitura de Niterói foi procurada para esclarecer se há uma tabela de preços e sobre a fiscalização, entre outras questões mencionadas pelos banhistas, mas até o momento não retornou.
*Sob supervisão de Cyntia Fonseca