Inea identifica navio-sonda que derramou óleo na Baía de Guanabara
Multas ao navio Atlantic Zonda podem chegar a R$ 10 milhões
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram, nesta terça-feira (28/1), uma vistoria para averiguar a origem da grande mancha de óleo que surgiu na Baía de Guanabara. Os técnicos identificaram que o químico teve origem no navio-sonda Atlantic Zonda, parado na altura da praia de Boa Viagem, Niterói.
O navio Atlantic Zonda é um perfurador de grande porte e fica ancorado próximo à orla de Niterói. As multas pelo crime ambiental podem chegar a R$ 10 milhões. Além do derramamento de óleo no mar, há o agravante da não comunicação do ocorrido ao órgão ambiental estadual. Equipes do Inea já realizaram atividades de dispersão hidromecânica das manchas.
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"Assim que soubemos do ocorrido, destacamos imediatamente as equipes para averiguar o ocorrido e dar uma resposta imediata à população. Acionamos também o Plano de Área da Baía de Guanabara, que mobiliza dezenas de empresas e entidades situadas ao redor do corpo hídrico. Seguiremos monitorando a situação junto à empresa responsável e à Marinha do Brasil", afirma o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
O Inea localizou também um estaleiro em Niterói e uma marina em São Gonçalo derramando óleo na Baía de Guanabara. O programa “De Olho no Mar”, capitaneado pelos órgãos ambientais estaduais, já vinha identificando e atuando diversos atores cometendo irregularidades na região.
Sobre o De Olho no Mar
O programa foi criado para intensificar o monitoramento de irregularidades no transporte aquaviário relacionados a empreendimentos licenciados pelo Inea, e ações de resposta a manchas de óleo órfãs na Baía de Guanabara. O De Olho no Mar foi instituído em função do cenário identificado no diagnóstico de acidentes ambientais no estado do Rio de Janeiro entre 1983 e 2016.