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Jovem condenada por desvio de dinheiro de formatura da USP obtém registro como médica

Alicia foi sentenciada pela Justiça de São Paulo a cinco anos de prisão em regime semiaberto

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 03 de fevereiro de 2025 - 11:12
O registro aparece no sistema do Conselho Federal de Medicina, onde revela que o registro está ativo desde 26 de dezembro de 2024
O registro aparece no sistema do Conselho Federal de Medicina, onde revela que o registro está ativo desde 26 de dezembro de 2024 -

A jovem Alicia Veiga, condenada pela Justiça por desviar cerca de R$ 1 milhão da festa de formatura da Universidade de São Paulo (USP), pode atuar como médica, pois conseguiu o registro da profissão.

O registro aparece no sistema do Conselho Federal de Medicina (CFM), onde revela que o registro está ativo desde 26 de dezembro de 2024. Alicia foi sentenciada pela Justiça de São Paulo a cinco anos de prisão em regime semiaberto, acusada de estelionato, em julho de 2024.


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Além disso, a Justiça também determinou que a acusada deve pagar uma indenização às vítimas, na mesma quantia ao dano causado. O caso se tornou público quando Alicia, que na época era presidente da comissão de formatura da turma, alegou que havia perdido todo o dinheiro pago pelos alunos. Em sua defesa, a jovem teria dito que havia aplicado o valor em um corretora de investimentos e ter sido enganada pela empresa. O caso foi registrado na polícia por uma das vítimas.

Entenda o caso

Alicia Dudy Muller Veiga, era aluna de medicina da Universidade de São Paulo (USP), quando foi acusada de desviar cerca de R$ 1 milhão, destinado à festa de formatura de colegas em 2023. O comando da comissão que organizava o evento estava sob responsabilidade da estudante, que nunca registrou um estatuto feito pelos alunos, que atesta assinatura prévia dela, do vice-presidente, do tesoureiro, e de mais dois integrantes da comissão, para autorizar transferência bancária às respectivas contas pessoais.

Fabiano Pavan Severiano, promotor responsável pela denúncia, colocou as ações de Alicia em ordem cronológica. Segundo o documento, em 17 de novembro de 2021, a jovem contactou a empresa responsável pela formatura, pedindo a transferência de toda a quantia que havia no momento. A movimentação bancária ocorreu no dia 25 do mesmo mês, com o aval dos demais estudantes.

Fora isso, o documento revela todas as transferências que ocorreram durante o ano de 2022 destinadas ao nome de Alicia. Neste momento, a acusada não contava mais aos alunos que permanecia recebendo os valores da empresa, e que usava a quantia em benefício próprio.

Já em 2023, Alicia tentou extrair mais dinheiro, entretanto não conseguiu pois as vítimas já tinham conhecimento do golpe. No primeiro momento, a estudante foi acusada pela Polícia Civil pelo crime de apropriação indébita, porém o Ministério Público não aceitou a prisão por essa alegação e pediu que o caso voltasse à delegacia.

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