Sindicato de professores encerra greve da educação em Niterói
Iniciada na última segunda (10), greve em protesto a pacote de medidas da Prefeitura chega ao fim nesta quarta (12); TJ determinou suspensão da paralisação
![Fim da bidocência em algumas turmas de creche e aumento no número de alunos por professor foram pautas criticadas pelo setor](https://cdn.osaogoncalo.com.br/img/Chamada-Home/150000/1200x720/Professores-protestam-contra-medidas-na-educacao-i0015281500202502101503-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.osaogoncalo.com.br%2Fimg%2FChamada-Home%2F150000%2FProfessores-protestam-contra-medidas-na-educacao-i0015281500202502101503.jpg%3Fxid%3D660486%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1739397863&xid=660486)
Dois dias após o início da greve, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação de Niterói (Sepe-Niterói) encerrou a greve dos professores no município nesta quarta-feira (12). A decisão foi anunciada em assembleia da categoria, realizada nesta manhã, e segue a suspensão determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que decretou a interrupção imediata da paralisação após ação movida pela Prefeitura.
Anunciada há cerca de duas semanas, a greve dos professores da rede tinha como motivação um pacote de medidas anunciado pelo prefeito Rodrigo Neves (PDT) e o secretário de Educação Bira Marques (PDT), que altera, sobretudo, a educação infantil e a educação de jovens e adultos (EJA). O fim da bidocência em algumas turmas de creche e o aumento no número de alunos por professor foram as medidas mais criticadas.
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O diretor do Sepe-Niterói, Thiago Coqueiro, disse que o grupo estuda novas formas de pedir para que as medidas sejam reavaliadas. “[A greve] não acabou por vontade da categoria, não acabou porque chegou numa resolução do problema. O problema de retirar uma professora da sala de aula continua, infelizmente. Nós vamos continuar a luta”, disse Thiago.
Na próxima quarta (19), representantes do Sepe-Niterói e da Prefeitura participam de uma audiência de conciliação. O Sindicato disse que não espera uma resolução a partir da audiência. “Se o Governo não fez nada na mesa de negociação que nós tivemos, não vai ser numa mesa de conciliação na Justiça que vai avançar em alguma coisa”, disse Coqueiro.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que segue aberta ao diálogo e reiterou o pacote de medidas. “Não há qualquer atraso do pagamento de salários dos profissionais ou qualquer retirada de direitos de profissionais de educação. O que há é uma regulamentação das determinações do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Municipal de Educação quanto às turmas de 4 e 5 anos”, afirma a nota.