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Sabiá e Banda Batistão devem disputar título do Grupo B no Carnaval de Niterói

Escolas da Vila Ipiranga, no Fonseca, e do Barreto, estão entre as melhores desfilantes, com Combinados do Amor e Garra de Ouro correndo por fora

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 23 de fevereiro de 2025 - 15:27
Sabiá, com apresentação convincente, se credenciou como uma das favoritas ao título
Sabiá, com apresentação convincente, se credenciou como uma das favoritas ao título -

Como se previa, os Grupos B e C do Carnaval de Niterói nunca tiveram uma disputa tão equilibrada na era Caminho Niemeyer. Quem foi à arena de desfiles, entre a noite de sexta-feira (21) e a madrugada de sábado (22) acompanhou a passagem das oito agremiações. Quem caprichou mais no plano de desfiles e conseguiu executá-lo, sem cometer falhas, ao menos aparentes, na hora da apresentação, pula na frente entre as candidatas ao título. 

Sabia e Banda Batistão, com apresentações organizadas, canto forte e beleza e bom gosto em alegorias e fantasias, ganharam destaque. A Combinados do Amor e Garra de Ouro, aliaram tudo, mas sem a mesma grandeza e empolgação. Entre as duas últimas, houve também canto irregular, fatores que devem determinar boas colocações, mas não o título. 

Uma das mais tradicionais do Carnaval de Niterói, a Mocidade de Icaraí, primeira campeã do desfile que marcou a revitalização dos desfiles da cidade, junto com a já extinta Novo México, no ano de 2007,  deixou a desejar. O desfile sem entusiasmo e com canto irregular, foi marcado também por visíveis problemas de fantasias incompletas e alegorias.  

Como  foram as apresentações das escolas do Grupo B 

Imagem ilustrativa da imagem Sabiá e Banda Batistão devem disputar título do Grupo B no Carnaval de Niterói

A Tá Rindo Por Quê?, que fez a estreia no Grupo B do Carnaval de Niterói, após o título no Grupo C em 2024, caprichou na apresentação do enredo “Obá Sirê Obá, Orixá Guerreira”, sobre a vida de uma orixá africana - Obá. A beleza plástica foi flagrante, na boa combinação do conjunto alegorias e fantasias. A comunidade cantou forte, embora tenha havido pequenos desencontros entre os cantores e os instrumentistas que os acompanhavam, em relação ao tom da música. A agremiação está confiante em uma boa colocação a permanência no Grupo B.  

Mocidade de Icaraí - A escola da Zona Sul, que tem tido colocações intermediárias nos últimos desfiles, mais uma vez, deixou a desejar na apresentação do enredo “Timbó”, sobre um  lendário feiticeiro que viveu na Ilha de Marajó e, ao mesmo tempo, nome de um famoso samba de Martinho da Vila. 

Mocidade de Icaraí pecou em fantasias e alegorias
Mocidade de Icaraí pecou em fantasias e alegorias |  Foto: Divulgação

O samba de qualidade e o tradicional canto forte da escola, contrastaram com os problemas apresentados nas fantasias e alegorias. pelo menos duas alas estavam com componentes com as fantasias incompletas. Uma van, com boa parte das fantasias da escola teria desaparecido misteriosamente, antes do desfile. O número de componentes também parecia ser menor em relação às outras escolas que desfilaram no Grupo B. Os sambistas do Morro do Cavalão temem por uma colocação ruim, que pode culminar com o rebaixamento.  

Batistão é uma das favoritas ao título
Batistão é uma das favoritas ao título |  Foto: Divulgação

Banda Batistão -  Com um desfile impecável, a escola mostrou a força da comunidade do Barreto e a beleza de suas alegorias para contar o enredo “Tata Tancredo e os caminhos da Umbanda”. Em resumo, trata-se da história do pai-de-santo e umbandista Tancredo da Silva Pinto, fundador da Federação Umbandista de Cultos Afro-Brasileiros, em 1950. Naquela época, ainda mais do que agora, as religiões de matriz africana sofriam perseguição e preconceito.

Paraíso da Bonfim - A tricolor da Travessa Bonfim fez uma apresentação que encheu de orgulho a comunidade da Riodades, na Região do Fonseca, ao contar a história de Zeferina, que virou líder quilombola na Bahia, alguns anos após ser trazida, ainda criança de Angola, em um navio negreiro, na época do Brasil colonial. A perda do presidente Wiliam Neves, em janeiro, não abateu a agremiação, que fez um desfile organizado, com canto forte, além de alegorias e fantasias com boa qualidade. Neves, um dos mais tradicionais sambistas da cidade, foi lembrado no desfile. Deverá ter uma boa colocação no Grupo B. 

Combinados do Amor - Na apresentação do enredo “O Florescer da Vida no Jardim da Criação”, a azul e branca do Caramujo fez bonito. A criação do mundo por Deus e as consequências da interferência humana, foram bem retratados, no conjunto de alegorias e fantasias, em combinações interessantes nas cores da escola. Sonha com as primeiras colocações. 

Combinados também agradou
Combinados também agradou |  Foto: Divulgação

Garra da Ouro - Mostrou no Caminho Niemeyer a história de Mendes, morador do Morro do Pau da Bandeira, na região da grande Vila Isabel, eternizado na canção de Leci Brandão. O samba de boa qualidade e a performance do carro de som impecável, associado ao bom conjunto de alegorias e harmonia da escola, contrastaram com o canto inconsistente das alas, que pode tirar pontos preciosos no quesito Harmonia, se os jurados levarem esse fator em consideração. 

Garra de Ouro também está na briga
Garra de Ouro também está na briga |  Foto: Sergio Soares

Sabiá - Apostou em uma reedição de 2015 – “Africanidades Brasileiras – Vila, o novo quilombo”, que lhe rendeu um vice-campeonato no Grupo A. E deu liga. Foi difícil encontrar defeitos na passagem da escola, dentro do tempo previsto pelo regulamento.  Do carro de som, passando por alas com belas fantasias e alegorias de bom gosto e bem acabadas, foi difícil encontrar defeitos na passagem da Sabiá, que pode sonhar com o acesso à chamada 'elite do Carnaval' de Niterói. 

Sacramento - Última desfilante da Noite, a Sacramento manteve a tradição grandes desfiles no Carnaval de Niterói na apresentação do enredo “Da África à Palmares: Aqualtune, a Princesa Guerreira do Congo”.  Desfilou leve, com canto forte, porém inconsistente, graças também à falta de harmonia entre as vozes do carro de som, desafinadas.  

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