Vítimas de incêndio em fábrica de fantasias recebem alta hospitalar
Quatro pacientes que estavam internados há 13 dias no Hospital Estadual Getúlio Vargas foram liberados, outros dois seguem internados na unidade
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Quatro vítimas do incêndio da fábrica de fantasias receberam alta nesta terça-feira (25). Os profissionais, que estavam internados há 13 dias no Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), passaram vários dias na UTI em estado grave devido à intoxicação por fumaça tóxica. Outros dois pacientes seguem internados e estáveis.
O atendimento no HEGV foi essencial para a alta. Além da rapidez nos primeiros socorros, a equipe multidisciplinar cuidou individualmente de cada paciente, alguns com fraturas ósseas. Um dos procedimentos realizados ainda no CTI foi a broncoscopia, que é uma lavagem das vias respiratórias para limpar os pulmões.
“A broncoscopia foi primordial para recuperar as vias aéreas após a aspiração de muita fumaça tóxica. O líquido aplicado é um soro com um medicamento expectorante, que ajudou a eliminar secreções acumuladas nos pulmões, acelerando a recuperação”, explicou o diretor do HEGV, Paulo Ricardo Costa.
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Moradora de Bangu, na Zona Oeste, Kitimá Rege, de 48 anos, tinha apenas três dias de trabalho quando ocorreu o incêndio. “Tinha acabado de acordar e estava tomando banho quando ouvi os gritos de fogo”, lembra Kitimá. A cuidadora de idosos, que estava trabalhando no local como costureira, ficou no CTI em estado grave. “Não tinha noção do meu estado de saúde até conversar com a minha mãe. Tudo que mais desejo agora é ver o rostinho da minha neta”, disse Kitimá, que é apaixonada pela menina de 3 anos.
A outra alta foi de Luciana de Medeiros Oliveira, 52 anos, costureira, moradora de Duque de Caxias. Casada e com uma filha, ela estava no terceiro andar quando o incêndio começou. “Ouvi muitos gritos e vi tudo coberto de fumaça. Saí pela janela e machuquei meu pé”, contou Luciana, que estava usando um gesso, mas não precisou de cirurgia ortopédica. “Fui muito bem tratada por todos os profissionais aqui desta unidade. Os médicos e os enfermeiros foram muito atenciosos, me senti acolhida”, completou Luciana.