Agremiação Unidos de Padre Miguel apresentará recurso para contestar rebaixamento
A agremiação destacou que foram percebidas inconsistências graves, como penalizações em quesitos característicos devido falha técnica no carro de som da Liesa

Depois de ser rebaixada, novamente, para a Série Ouro, a escola de samba Unidos de Padre Miguel anunciou, nesta sexta-feira (7), que entrará com um recurso junto à Liesa com o objetivo de examinar a justificativa das notas. Por meio de um comunicado, a agremiação destacou que foram percebidas inconsistências graves, como penalizações em quesitos característicos devido falha técnica no carro de som da Liesa.
"Esse é um problema alheio à responsabilidade da Unidos de Padre Miguel e que, portanto, não deveria ter resultado em perda de pontos. Diante dessas e outras irregularidades, a escola buscará os meios adequados para contestar a decisão, sempre pautada no respeito, na isonomia e na valorização do trabalho de toda a sua comunidade", afirmou.
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A Unidos de Padre Miguel disse que está buscando os elementos necessários para entrar com um pedido formal, levando em consideração um estudo criterioso das justificativas divulgadas.
Além disso, a escola de samba também ressaltou que não tem a intenção de prejudicar outra agremiação, mas busca uma avaliação justa e transparente. "A luta é pela justiça e pelo reconhecimento do esforço de cada integrante que se dedica para levar a Avenida um desfile digno da história da Unidos de Padre Miguel", encerrou.
Depois de 50 anos na Série Ouro, a agremiação havia conseguido subir para a elite do samba, no ano anterior. Ao longo da apuração, recebeu somente quatro notas 10, dentre as 36 possibilidades, além de 15 vezes que recebeu a nota 9,9, e as outras 16 notas 9,8 e uma nota 9,7. Tais notas somadas resultaram na pontuação de 266,8 pontos, nove décimos atrás da 11ª colocada, a escola Mocidade Independente de Padre Miguel.
Entenda o que ocorreu com o som
O público notou e reclamou de falhas no carro de som, no primeiro dia de desfiles. O problema começou na entrada da Unidos de Padre Miguel, na Sapucaí, no domingo (2).
De acordo com relatos, o som estava com muitas interrupções durante o desfile, o que resultou em alguns setores da arquibancada sem som e os intérpretes sem retorno. Na época, o problema causou revolta no público, que alegou que a falha poderia pesar na nota da agremiação.
"É uma vergonha o carro de som dar problema durante o desfile, prejudicando a UPM. É algo já previsto, que sempre acontecia nos ensaios técnicos na Sapucaí", escreveu um internauta.
Apesar da falha, a Unidos de Padre Miguel prosseguiu com o desfile que apresentava o enredo “Egbé Iyá Nassô”, criado pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, que conta a história da africana Yá Nassô e da criação dela, no Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.