Rainha da Mangueira, Evelyn Bastos pede exoneração de cargo público na Prefeitura de Maricá
Nomeada para assessora especial do Instituto de Ciência e Tecnologia, Evelyn gerenciava projeto voltado ao Carnaval e à economia criativa desde setembro de 2023

Mesmo com o fim do carnaval, a vida de algumas rainhas de bateria segue sendo assunto de interesse popular. No caso de Evelyn Bastos, 31 anos, rainha da Estação Primeira de Mangueira desde 2013, o motivo está longe dos holofotes de sua atuação na Avenida, e gira em torno de uma outra função antes exercida pela mesma: a de assessora especial do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM).
Nascida e criada no Morro da Mangueira e formada em história e educação física, Evelyn ocupava o cargo público na Prefeitura de Maricá desde 2023, onde estava a frente do desenvolvimento do projeto 'Universidade Livre do Carnaval'.
Porém, na última sexta-feira (14), foi publicado no Diário Oficial do município que a profissional havia sido "exonerada à pedido".

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Procurada pela reportagem de O SÃO GONÇALO, a Prefeitura de Maricá informou em nota que a "decisão de deixar o cargo que exercia no Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) ocorreu a pedido da própria Sra. Evelyn Bastos". Ainda segundo a Prefeitura, "no momento, ainda não há uma definição sobre quem assumirá a posição deixada por Evelyn".
Repercussão da nomeação
Logo no início do mês de fevereiro, a nomeação de Evelyn Bastos, rainha da bateria da Mangueira, para um cargo na Prefeitura de Maricá, foi alvo de discussões nas redes sociais.
Na época, a Prefeitura esclareceu que Evelyn foi nomeada assessora especial no Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação em setembro de 2023, com um salário bruto de R$ 11.681,35.

Ainda de acordo com a assessoria da Prefeitura, Evelyn desempenhava um papel importante no desenvolvimento do projeto Universidade Livre do Carnaval, lançado em janeiro deste ano. O projeto tem como objetivo a capacitação profissional voltada para a economia criativa e a cadeia produtiva do Carnaval, além de oferecer cursos técnicos e profissionalizantes. Evelyn também ocupava o cargo de reitora da nova faculdade ligada ao projeto.
A Prefeitura de Maricá destacou, também à época, que a servidora possuía carga de trabalho de 40 horas semanais, divididas entre atividades presenciais e à distância. No entanto, devido aos compromissos com o Carnaval, Evelyn pediu licença sem vencimentos para os meses de fevereiro e março, momento em que se dedica ao desfile da Mangueira.