Surto de adenovírius e enterovírus preocupa pais e responsáveis no estado do RJ
Em São Gonçalo, há sete casos confirmados de adenovírus

O aumento de casos de adenovírus e enterovírus entre crianças de até 10 anos tem causado preocupações entre os pais e responsáveis no estado do Rio de Janeiro, incluindo a cidade de São Gonçalo, na Região Metropolitana. A circulação desses vírus está ligada a casos de bronquiolite na área estadual.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), desde janeiro já foram registrados cerca de 535 casos de adenovírus e enterovírus nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do estado.
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Ainda segundo o órgão, dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP - Gripe), apontam que entre as crianças com menos de 5 anos, foram registrados 21 casos de adenovírus em todo o estado até o dia 8 de março. Além desse vírus, também foi contabilizado o aumento do Rinovírus com 86 casos, e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), com 47 registros. Esses dados são confirmados pelos indicadores de atendimento das UPAs do estado, que indicaram um aumento da doença em 2025.
Os registros de adenovírus e enterovírus estão relacionados com bronquiolite, que é uma infecção viral que atinge a via aérea inferior (traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos), causando desconforto respiratório em decorrência da inflamação dos bronquíolos, que conduzem o ar aos pulmões.
Na cidade de São Gonçalo, apesar de não haver registro de enterovírus, há sete casos confirmados de adenovírus, sendo cinco em março e dois em fevereiro, segundo informado pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil.
Por meio de nota, a pasta explicou como se dá a propagação das doenças e aponta medidas que os pais e responsáveis podem tomar para evitar o contágio.
“A disseminação de Adenovírus e Enterovírus ocorre principalmente por contato direto com secreções respiratórias, fezes ou superfícies contaminadas. Para prevenir o contágio entre crianças, os responsáveis devem seguir algumas diretrizes. Essas medidas ajudam a reduzir significativamente a transmissão de adenovírus e enterovírus”, explicou.
As medidas apontadas pelo órgão são:
1- Lavar as mãos: é aconselhado lavar as mãos com frequência usando água e sabão antes e depois de tocar na criança, depois de trocar fraldas ou limpar secreções, antes de preparar e servir alimentos e principalmente depois de utilizar o banheiro. Em casos onde não seja possível lavar as mãos, pode ser substituído pela utilização de álcool 70% para a higienização.
2- Higiene Respiratória: os pais e responsáveis devem ensinar as crianças a cobrir boca e nariz com o antebraço quando for tossir ou espirrar, além da utilização de lenços descartáveis corretamente. Evitar que a criança passe a mão nos olhos, nariz e boca sem higienização.
3- Cuidados com as crianças doentes: a criança que esteja infectada por algum desses vírus precisará ser afastada da escola ou creche até que não tenha mais sintomas e receba liberação médica. Além disso, também é recomendado evitar contato com outras crianças e familiares que são grupo de risco (idosos, bebês e imunossuprimidos). Não se deve compartilhar brinquedos, mamadeiras, chupetas, talheres e copos.
4- Limpeza e desinfecção de ambientes e objetos: para evitar a proliferação dos vírus, é indicado higienizar brinquedos, chupetas e utensílios de uso infantil com certa regularidade. Também deve-se manter a limpeza de objetos tocados com frequência como, mesas, maçanetas, banheiros, celulares e outros. Deve-se ventilar bem os ambientes, abrindo janelas e portas.
5- Cuidados na alimentação: antes de manipular os alimentos deve-se lavar bem as mãos. Não compartilhar utensílios e alimentos e dar prioridade para o consumo de água filtrada ou fervida.
6- Vacinação: junto com todas essas medidas é recomendado que as vacinas estejam em dia de acordo com o calendário de imunização infantil. Nos primeiros sintomas como, febre alta, diarreia intensa, vômito ou dificuldade respiratória, deve-se procurar atendimento médico.
*Sob supervisão de Cyntia Fonseca