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Família de jovem que morreu em colisão na BR-101 afirma que motociclista estava acima da velocidade permitida; “não é acidente”

Yohanna Gomes estava em uma corrida de moto solicitada por aplicativo quando sofreu a colisão; corpo da jovem foi sepultado nesta quarta (26) em São Gonçalo

relogio min de leitura | Escrito por Felipe Galeno | 26 de março de 2025 - 19:14
Yohana chegou a ser socorrida, ter uma das pernas amputadas, mas não resistiu aos ferimentos
Yohana chegou a ser socorrida, ter uma das pernas amputadas, mas não resistiu aos ferimentos -

Familiares da jovem Yohanna Carvalho Gomes, que morreu após uma colisão de trânsito na rodovia BR-101, em São Gonçalo, acusam o motociclista que realizava a corrida de estar além do limite de velocidade da via no momento da colisão. O caso aconteceu na última segunda (24), na altura do bairro Boa Vista; a auxiliar administrativa chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e foi sepultada na tarde desta quarta-feira (26) no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo. O condutor da moto também ficou ferido e está internado no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, em Niterói.

A família afirma que o caso não pode configurar um acidente por conta da suposta infração do condutor. Segundo o relato, minutos antes do momento da colisão, por volta das 17h40, Yohanna entrou em contato com um colega e contou que o motociclista estava a cerca de 140km/h na via.

Imagem ilustrativa da imagem Família de jovem que morreu em colisão na BR-101 afirma que motociclista estava acima da velocidade permitida; “não é acidente”

“A minha irmã solicitou o transporte pelo aplicativo da Uber na Rua XV de Novembro, no Centro de Niterói. Ela ia para casa, no Centro de São Gonçalo. Durante o percurso, ela alertou para um amigo que o motorista estava a 140 km/h, que depois ela falava com ele e guardou o telefone, acredito eu. Três minutos depois desse aviso, ela mandou uma outra mensagem dizendo que tinha se acidentado na BR-101”, conta Lohann Almeida, de 35 anos, irmão da vítima.


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A motocicleta colidiu com um carro de passeio e uma carreta, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Há indícios de que a moto trafegava pelo corredor da via. “Era hora do rush, congestionamento, mas o corredor não é uma via; é uma válvula de escape, não dá para andar ali. O piloto estava 40% acima da velocidade máxima da via. Isso não é um acidente, isso é um homicídio culposo”, afirmou o irmão de Yohanna.

A jovem chegou a ter uma das pernas amputadas enquanto esteve hospitalizada no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê. Ela acabou não resistindo e faleceu nesta terça (25). Na tarde desta quarta (26), dezenas de amigos e familiares da auxiliar administrativa se reuniram para prestar as últimas homenagens à Yohanna. Durante o velório, amigos entoaram algumas das canções que Yohana costumava cantar na Igreja Batista Atitude de São Gonçalo, onde ela congregava e atuava no ministério de louvor. O corpo foi sepultado no fim da tarde.

Imagem ilustrativa da imagem Família de jovem que morreu em colisão na BR-101 afirma que motociclista estava acima da velocidade permitida; “não é acidente”

Agora, a família pretende acionar autoridades para esclarecer o caso. “A partir de amanhã, vamos pegar a ocorrência junto a Arteris [concessionária responsável pela via] e procurar a Delegacia Policial para fornecer os indícios que temos de que não foi acidente. Isso foi fruto de imprudência e também da negligência dos aplicativos de transporte. Quantas vezes os usuários solicitam o aplicativo e quem vem é um motorista diferente do que foi solicitado? A Uber é uma grande responsável e ela vai responder. Não fomos procurados pela empresa e nem por nenhum departamento de Polícia para prestar qualquer depoimento”, disse Lohann.

O motociclista que conduzia o veículo, que não teve a identidade divulgada, segue internado no Heal, em Niterói, com ferimentos graves.

Em nota, a Uber informou que "lamenta profundamente o acidente que resultou na morte da usuária Yohanna Gomes. Nossos sentimentos estão com os familiares da vítima neste momento de dor.

Todas as viagens na plataforma contam com um seguro e a Uber já acionou a seguradora, que entrará em contato com a família da vítima a fim de oferecer apoio.

A empresa permanece à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, na forma da lei."

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