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Aumento de casos de Febre Oropouche preocupa a Região Metropolitana do Rio

Os sintomas da doença podem ser confundidos com a dengue

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 27 de março de 2025 - 10:51
principal inseto responsável pela proliferação é o Culicoides paraensis (Maruim)
principal inseto responsável pela proliferação é o Culicoides paraensis (Maruim) -

O estado do Rio de Janeiro vem enfrentando um aumento alarmante nos casos de Febre Oropouche, especialmente na Região Metropolitana. Em 2025, já foram confirmados 693 casos da doença, com outros 1.233 ainda sob investigação. Municípios como Cachoeira de Macacu, Macaé e Guapimirim também estão entre os mais afetados, enquanto cidades como São Gonçalo, Maricá e Niterói registram novas ocorrências e intensificam ações para controlar a disseminação do mosquito Maruim, transmissor da doença.


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De acordo com dados da Secretaria de Saúde, a Febre Oropouche já circula em diferentes regiões do estado, dentre eles municípios como Itaboraí com 81 casos, São Gonçalo com 13 casos confirmados, logo em seguida, 2 casos em Maricá e 3 em Niterói.

São Gonçalo (13 casos confirmados)

Em nota, a prefeitura de São Gonçalo informou que foram investigados 15 casos este ano, sendo 13 confirmados e dois descartados por critérios laboratoriais. Além disso, visando a não proliferação do mosquito transmissor, são realizadas ações de pulverização de inseticida em diversas áreas da cidade.

" O setor de Vigilância em Saúde Ambiental realiza, todos os dias úteis da semana, a pulverização de inseticida em vários bairros da cidade. A pulverização serve para o combate de todos os tipos de arboviroses, incluindo o mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito pólvora – transmissor da febre. O trabalho dos agentes da Vigilância em Saúde Ambiental é de prevenção e a população também deve fazer a sua parte, evitando qualquer acúmulo de água. Para ajudar, é importante limpar calhas e ralos, tapar caixas d’água, colocar garrafas e recipientes com a boca para baixo, preencher os pratos de vasos de plantas com areia, manter lonas de materiais de construção e piscina sempre esticadas, guardar pneus velhos, manter toneis e latões fechados. Vale lembrar que qualquer gota d’água pode se tornar criadouro do mosquito. A Vigilância Ambiental mantém um trabalho de pronto-atendimento. Qualquer cidadão pode ligar para o setor e pedir uma visita nos casos de infestação de qualquer vetor. Os pedidos são atendidos, em média, em uma semana. Nesses casos, os agentes averiguam a denúncia e realizam a ação necessária para acabar com os vetores. As denúncias podem ser feitas pelo telefone da Vigilância Ambiental (21) 3195-5198, ramal 1008".

Itaboraí (81 casos confirmados)

A cidade de Itaboraí, que registrou 81 casos, alegou que realiza trabalhos voltados para o combate ao mosquito e garantir atendimento aos pacientes que o procuram. Entre as ações implementadas, destacam-se:

"Investigação de todos os casos confirmados, com identificação do Local Provável de Infecção (LPI), além do acompanhamento de gestantes e pacientes com complicações da doença; Mapeamento dos LPIs localizados no município; Visitas técnicas aos territórios com casos confirmados para coleta de vetores, visando identificar a presença do maruim, transmissor da Febre Oropouche, e envio das amostras ao Laboratório Central de Saúde Pública para análise da presença do vírus; Elaboração do Protocolo de Vigilância da Febre Oropouche em Itaboraí, disponível no Portal da Transparência no site da Prefeitura; Publicação de uma Nota Técnica sobre a Transmissão Vertical da Febre Oropouche, orientando os profissionais de saúde sobre a assistência às gestantes com sintomas da doença; Divulgação de informações sobre a Febre Oropouche e medidas de prevenção nos canais oficiais da Secretaria Municipal de Saúde; Atualização regular dos Boletins Epidemiológicos das Arboviroses, com informações sobre os LPIs da doença no município; Capacitação dos profissionais da Atenção Primária e de Urgência e Emergência, com participação do médico infectologista Dr. Rafael Galliez, referência em Oropouche, em formato presencial e online", detalhou as ações promovidas pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA). 

Maricá ( 2 casos confirmados)

Enquanto isso, a cidade de Maricá explicou, através de nota, que não vem registrando aumento nos casos da Febre Oropouche, mas que promove medidas para controlar a doença.

"A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, esclarece que atualmente há apenas dois casos confirmados de febre oropouche no município. Outros três casos suspeitos já foram descartados após exames. Para controlar a disseminação da enfermidade, a Vigilância Ambiental realizou ações nos bairros com casos confirmados e fortaleceu o trabalho de orientação da população local. Além disso, a Secretaria de Saúde está divulgando continuamente através das redes sociais e no site oficial da Prefeitura informações sobre a doença, como sinais, sintomas, formas de prevenção e quando procurar atendimento. No município, pessoas com sintomas brandos suspeitos da doença, como febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, devem procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região de moradia. Nos casos graves, é indicado que se dirija à unidade de Urgência e Emergência mais próxima, o que inclui o Hospital Conde Modesto Leal, a UPA de Inoã e a UPAM Santa Rita".

Niterói (3 casos confirmados) 

A Prefeitura de Niterói informou, também por meio de nota, que acompanha três casos suspeitos da doença e que os pacientes em questão estiveram em Cachoeira de Macacu.

"A Secretaria de Saúde de Niterói informa que monitora e acompanha três casos suspeitos de febre Oropouche registrados na cidade. Os três pacientes estiveram recentemente no município de Cachoeiras de Macacu, onde a maioria dos casos do estado do Rio foram registrados. A SMS orienta que qualquer pessoa que apresente os sintomas da doença procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência."

Sintomas da Febre Oropouche:

Os sintomas da Febre Oropouche podem ser confundidos com a dengue, pois os pacientes apresentam dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Após a pessoa ser picada pelo inseto, os sintomas iniciais começam a surgir entre 3 e 8 dias, possuindo a duração de 2 a 7 dias.

Transmissão:

A transmissão da Febre Oropouche não ocorre de uma pessoa para outra, e sim por meio da picada de um inseto infectado, após picar um animal ou pessoa que já está com a doença. O principal inseto responsável pela proliferação é o Culicoides paraensis (Maruim).

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