Preços altos de azeite e bacalhau impactam ceia de Páscoa dos brasileiros
Com o aumento dos preços, consumidores buscam alternativas para manter a tradição das festas da Páscoa

Com a Páscoa se aproximando, as compras para a tradicional ceia já começaram, mas para muitos brasileiros, os itens mais procurados nesta época, como o azeite e o bacalhau, estão se tornando vilões. Não só pelo sabor marcante, mas também pelos preços elevados, que têm dificultado a compra desses produtos.
Segundo dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), grande parte do azeite consumido no Brasil vem de Portugal (57%) e Espanha (14%), além de outros países como Itália, Argentina, Chile, entre outros. Essa dependência externa encarece o produto, e, para tentar amenizar a situação, o governo isentou o azeite e outros itens das tarifas de importação. No entanto, os consumidores ainda não perceberam uma queda significativa nos preços.
Hoje, é possível encontrar azeites que variam entre R$ 30,00 e R$ 50,00 nas prateleiras, tornando-o um item de luxo na mesa de muitas famílias. “O azeite está caríssimo. Eu substituo por óleo composto, mas prefiro azeite. Na ceia de Páscoa não vai ter azeite, vou usar óleo composto”, revela Tereza Cristina, dona de casa, de 49 anos.

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“Ainda não notei redução no preço do azeite, só quando você vai no mercado de atacado que consegue encontrar um preço melhor. Na Páscoa, não vai ter nem azeite nem bacalhau”, afirmou Lucília Silva, dona de casa de 52 anos.

Outro item tradicional da ceia de Páscoa, o bacalhau, também sofre com preços altos. Em muitos mercados, o peixe é encontrado apenas na versão “Tipo Bacalhau”, que, embora mais barato que o bacalhau tradicional, também apresenta valores elevados.

“Esse ano não vou comprar bacalhau para a Páscoa, porque está muito caro. Eu não comprei por causa do valor mesmo, então ele não estará na minha mesa”, disse Josilene Silva, de 59 anos.

Edilza Gonçalves, de 56 anos, explica: “Estou esperando abaixar o preço para poder comprar. Está tudo muito caro, principalmente agora, perto da Páscoa. Se não der para comprar bacalhau, vou optar por filé de peixe ou sardinha.”

Diante dessa situação, muitos brasileiros têm recorrido a alternativas mais em conta, trocando os produtos tradicionais por outros mais acessíveis, mas sempre mantendo a tradição da ceia de Páscoa, que, acima de tudo, deve agradar ao paladar e ao bolso.