Projeto de lei prevê reconhecimento do exercício profissional da capoeira
Grupos de capoeira de Niterói comemoram avanço na profissionalização da profissão

Tramita na Câmara dos Deputados um Projeto de Lei que reconhece o exercício profissional da capoeira, além de declarar a atividade bem de natureza imaterial em todas as formas em que se manifesta. Segundo a instituição, a profissão de capoeirista aplica-se a todas as modalidades em que a atividade se manifesta, seja como esporte, luta, dança, cultura ou música.
A proposta, do deputado Lafayette de Andrada, levou em consideração uma queixa de de vários segmentos da capoeira, ‘pois escolas e academias têm encontrado dificuldades de contratar profissionais por falta de registro profissional, e acabam exigindo formação em Educação Física’.
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A novidade foi comemorada por representantes da capoeira de Niterói, como é o caso de David Bassous, conhecido como Mestre Bujão, fundador do Instituto Gingas que trabalha a capoeira na cidade além de Saquarema e Cachoeiras de Macacu.
“Essa discussão é uma das temáticas mais importantes no cenário cultural do Brasil, pois a capoeira é a cultura que mais difunde a língua portuguesa falada no país para praticamente todos os países do mundo. A capoeira como um patrimônio cultural imaterial do Brasil, precisa fortalecer os seus multiplicadores e guardiões dos seus saberes, pois as mestras e mestres da arte da capoeira são os nossos verdadeiros patrimônios e precisam ser respeitados e protegidos como tal”, explicou Bujão.
O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa. Segundo texto, será considerado Mestre de Capoeira o capoeirista profissional devidamente reconhecido e titulado pelas respectivas entidades representativas da capoeira. Ficam reconhecidos como Mestres de Capoeira e Contramestres de Capoeira os profissionais em exercício nessas respectivas profissões até a data de promulgação da futura lei.