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Papa Francisco autoriza beatificação do Padre Nazareno Lanciotti, defensor dos Direitos Humanos

O italiano Nazareno Lanciotti foi assassinado há 24 anos em Mato Grosso (MT); Conheça a história

relogio min de leitura | Escrito por Redação | 19 de abril de 2025 - 20:11
Após a morte, os fiéis começaram a pedir a canonização do padre
Após a morte, os fiéis começaram a pedir a canonização do padre -

Mais uma beatificação a vista, e dessa vez, de um padre que cumpriu sua missão em Mato Grosso.

O Papa Francisco autorizou a beatificação do padre italiano Nazareno Lanciotti, assassinado aos 61 anos, em Jauru, a 463 km de Cuiabá, em fevereiro de 2001. Ele ficou conhecido por dedicar a vida à defesa dos direitos humanos.


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A autorização, que foi dada na última segunda-feira (14) permite que o Vaticano oficialize o decreto que reconhece o padre como 'servo de Deus' pela igreja católica. A Prefeitura de Jauru, local onde ele fundou a casa de repouso para idosos Coração Imaculado de Maria, além de um seminário, escola e hospital, celebrou a decisão por meio das redes sociais.

Após a morte, os fiéis começaram a pedir a canonização do padre. Em 2007, a Santa Sé autorizou a investigação sobre a vida e martírio do padre Nazareno. O Vaticano recebeu a documentação 10 anos depois. 

Emtre os critérios para a beatificação está o reconhecimento de que a causa da morte foi por ódio à fé, segundo o Movimento Sacerdotal Mariano do Brasil.

Sobre Nazareno Lanciotti:

Nascido no dia 3 de março de 1940, em Roma, na Itália, padre Nazareno se tornou sacerdote em 1966, até vir para Jauru, em 1972, por meio do movimento voluntário Operação Mato Grosso. Ele começou seu trabalho na cidade, celebrando missas em igrejas improvisadas, ajudando pessoas doentes e os mais necessitados.

Em 1974, ele fundou a paróquia Nossa Senhora do Pilar, e em 1987, entrou para o Movimento Sacerdotal Mariano, se tornando presidente nacional. Além do trabalho espiritual, ele se preocupava com os problemas sociais e econômicos da população e denunciava diversas injustiças, como enunciou exploração de crianças e adolescentes, esquemas de prostituição e tráfico de drogas na região, chegando a se ajoelhar em um confronto armado para evitar mortes por disputa de terra.

Em fevereiro de 2001, padre Nazareno foi rendido na própria casa por dois homens armados, que dispararam contra ele.

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