Brasileira está entre as vítimas fatais de atropelamento em festival no Canadá
Atropelamento deixou 11 mortos e mais de 20 pessoas feridas; Motorista foi preso acusado de homicídio

A brasileira Kira Salim, de 34 anos, que morava há quase três anos no Canadá, está entre as 11 vítimas fatais de um atropelamento ocorrido durante um festival de rua em Vancouver, no Canadá, na madrugada de domingo (27), pelo horário de Brasília, segundo a família. O acidente também deixou outras 20 pessoas feridas.
O motorista suspeito foi preso e identificado como Kai-Ji Adam Lo, de 30 anos.
Segundo o chefe interino da polícia de Vancouver, Steve Rai, o homem preso agiu sozinho.
"Neste momento, estamos confiantes de que o incidente não foi um ato de terrorismo", afirmou o departamento de polícia de Vancouver.
Leia também:
Apagão na Europa: Portugal, Espanha e outros países afetados; saiba mais
Brasil observa a mais significativa queda da disparidade social em anos, revela pesquisa da FGV
O atropelamento aconteceu durante as celebrações do Dia de Lapu-Lapu, uma festividade cultural filipina que homenageia o líder indígena Lapu-Lapu, conhecido por ter derrotado as forças coloniais comandadas pelo navegador português Fernão de Magalhães. A polícia informou que os mortos tinham entre 5 e 65 anos.
Brasileira entre os mortos
Kira nasceu no Rio de Janeiro, filha de mãe argentina e pai gaúcho. Estudou no Colégio Pedro II e se formou musicista na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), em 2015. Ela também fez mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e Educação na Universidad Europea del Atlántico, na Espanha.
Segundo informações de familiares, a brasileira chegou ao Canadá em 2022, acompanhada do marido, da cachorra que resgatou no Brasil e de cinco gatos.
Nas redes sociais, Kira afirmava que sua missão pessoal era "facilitar e orientar jovens e comunidades marginalizadas para prosperarem em suas vidas".
A brasileira tinha registro de conselheira clínica pela Associação de Conselheiros Clínicos da Colúmbia Britânica (BCACC) e atuava desde 2024 como conselheira escolar na Fraser River Middle School, na cidade de New Westminter.
Ela também atuou como professora de música de ensino médio, onde ensinava banda, coro e música geral, além de adaptar acomodações acadêmicas especiais para estudantes neurodivergentes e estudantes com deficiências.
Kira ainda era defensora da causa animal e direitos humanos, especialmente, segundo familiares, da causa LGBT.