Incentivador da cultura em SG
Décio Machado custeou um relógio de sol na cidade e atualmente possui um café cultural
Por Thiago Soares
Por ocasião do do aniversário de emancipação político-administrativa de São Gonçalo, nada mais justo que lembrar de grandes personalidades da cidade. Se houvesse uma lista com estas pessoas, com certeza o escritor, empresário e membro da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Cultura (Aglac), Décio Machado. Apaixonado pelo local onde nasceu e vive até hoje, o ativista da leitura, que tem um café cultural na Parada 40, já chegou a presentear o município, na comemoração de 110 anos, em 1990.
Dezesseis anos depois de dar um relógio solar de presente para a cidade, o escritor ainda lembra com orgulho de sua ideia. Localizado na Praça do Relógio, no mesmo bairro onde fica o seu café cultural, o objeto ainda emociona o seu idealizador.
“Existem milhares de relógios por aí, mas esse é o único solar e vertical com duas faces do mundo. Na época, em 1990, tentei algumas parcerias para fazê-lo, mas acabei financiando sozinho, com meu dinheiro. De vez em quando, ele aparece pichado, mas sempre pinto de novo. E vou pintar, ainda neste mês novamente.”, disse orgulhoso.
Além do objeto físico, Décio tem dado outro presente a São Gonçalo. No Café Cultural Seu Machado, o escritor tem incentivado a leitura no município e apresentado diversas obras em uma espécie de museu que compõe o espaço.
“Sou um gonçalense apaixonado por este lugar. Hoje não consigo mais viver sem a cultura. Não vamos mudar o mundo, mas podemos fazer a nossa parte”, contou.
Entre obras famosas e outras de pessoas da região, Décio apresenta suas produções. Com quatro livros lançados e mais três em finalização, o empresário destacou um que marcou bastante sua trajetória.
“O livro ‘Passarinho passará - Zé da Manga’ foi uma grande ideia do meu pai. Um dia ele me chamou e disse para eu fazer a obra só com personagens com nome de manga. Claro, na hora disse que isso não daria certo, mas deu. Temos personagens que se chama Rosa, Jorge Espada, Dona Carlota. É uma grande comédia, inspirada na história da minha mãe”, relatou.