Manifestação no Arco Metropolitano para manutenção de rodovia
BR-493 está abandonada e moradores cobram retomada de obras
Por Marcela Freitas
Cerca de 200 pessoas participaram de uma manifestação na manhã de ontem, pela melhoria e retomada das obras da BR-493. O ato pacífico foi supervisionado pela Policia Rodoviária Federal (PRF) que acompanhou os manifestantes nos mais de 2 km de caminhada. Por conta do ato, o trânsito ficou congestionado em alguns trechos, aqueles em que que os manifestantes acessavam a pista principal.
De acordo com o comerciante Bruno Carlos Oliveira, 36 anos, a péssima condição de trafegabilidade da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, conhecida como Arco Metropolitano que compreende a BR-493 e parte da BR-116, que liga as cidades de Itaboraí a outras do estado, levou os moradores a pedirem socorro.
“A manifestação ocorreu como esperado. Tivemos uma adesão muito grande da população que abraçou a causa. Esperamos uma resposta. Sabemos que a conclusão da obra é algo difícil, mas que seja feito ao menos a manutenção da rodovia para garantir a segurança da população”, explicou. Fátima Pacheco, de 36, que foi com a mãe Vera Lucia, 57, à manifestação.
As duas que são moradoras de Itambi, contaram que a violência aumentou muito depois da obra na estrada. “Quando a rua ainda era mão única e de terra, não tínhamos essa violência desenfreada que vemos hoje aqui. Não podemos mais passar nessa rodovia a noite. Queremos mais segurança e estamos aqui unidos para lutar por essa questão”, relembrou Vera Lucia.
Recordando - Planejada para facilitar o deslocamento de veículos pesados, diminuindo assim, os congestionamentos nas principais vias do Rio de Janeiro, a Rodovia vive um estado de abandono. No trecho Magé-Manilha, as intervenções começaram com mais de seis anos de atraso, em agosto de 2014 e tinha como previsão para término, julho de 2017. Mas o cronograma não foi respeitado, e a região sofre com o descaso do Governo Federal.
Desde 2017, moradores de Itambi e adjacências questionam as obras, já que o projeto executado até então não previa agulhas de acesso da estrada às vias marginais, passarelas, retornos nem novos trajetos para ônibus. A população também se preocupa com possíveis inundações, devido ao assoreamento de canal O percurso total deveria ter 145 quilômetros, mas apenas 71 quilômetros de rodovia foram inaugurados, em 2014 (entre Itaguaí e a BR-040), com custo de R$ 2 bilhões. Os gastos que incluíram, iluminação com energia solar, chamaram a atenção do Tribunal de Contas do Estado do Rio, que constatou sobrepreço.