Funcionários de loja adotam cadelas abandonadas em Niterói

Por Marcela Freitas

No início de dezembro do ano passado, dois vídeos circularam nas redes sociais mostrando o sofrimento de um cachorro que vivia no estacionamento de uma loja do Carrefour em Osasco, em São Paulo. As imagens chocaram todo o Brasil, por conta da crueldade com o animal que morreu em decorrência de uma pancada, dada por um dos seguranças com uma barra de ferro para expulsar o animal do estabelecimento. Esse caso levantou vários questionamentos e muitas pessoas pediram por justiça. Mas ao contrário do que aconteceu em Osasco, em Niterói, temos um belo exemplo de amor pelos animais. Há pelo menos três anos, funcionários da loja Leroy Merlin, no Barreto, “adotaram” duas cadelas que recebem todos os cuidados como banho, vacinas, alimentação e, acima de tudo, muito amor.

Dona Glória e Mariana foram abandonadas no local muito debilitadas e com carrapatos. E foi Glória Xavier, de 66 anos, que trabalha na reciclagem e “xará” de uma das cadelas, a primeira a adotá-las. Apaixonada por animais, Glória se compadeceu dos animais e começou a cuidar delas. Logo depois, ela pediu ajuda a outra funcionária de nome Mariana e, com apoio da direção da loja, elas se tornaram “funcionárias” e hoje ajudam na vigilância noturna do local.

“Eu tenho seis cachorros em casa e amo animais. Fiquei muito triste em ver como elas estavam doentes. Com apoio da direção, adotamos e todos ajudam nos cuidados, seja na compra de rações ou medicamentos. Elas são castradas e muito dóceis e ficam comigo na área da reciclagem e logística durante o dia. À noite, elas ficam soltas pelo estacionamento. Elas ganharam os nomes do veterinário que, para nos homenagear, ‘batizou’ uma com meu nome e outra como Mariana”, contou.

A gerente Jaqueline Souto, 32, disse que as cadelas são queridas por todos e verdadeiros mascotes do local.

“A direção da Leroy Merlin apoiou esse acolhimento. Aqui somos uma verdadeira família e nos unimos para qualquer causa. Quando alguém precisa, sempre nos reunimos e auxiliamos no que for preciso. Com a Glória e Mariana, não seria diferente. Elas são dóceis, muito carinhosas e só nos transmitem amor. Não teria como agir de outra forma”, concluiu.