Família trava luta para conseguir internação de homem com diabetes agravada
Estado do paciente está crítico e, segundo familiares, não tem condições de retornar para casa
Por Thalita Queiroz*
Uma peregrinação para conseguir internação: essa é a situação que a prima de Paulo Henrique Santos, de 38 anos, está passando para conseguir interná-lo. Cristina Nascimento está ajudando o primo que sofre com a diabetes tipo 2. Acontece que a doença agravou e por conta disso, o estado dele está crítico. Segundo a prima, Paulo sente fortes dores nas pernas e não consegue nem mesmo sentar mais.
“Nós precisamos de ajuda pois já encaminhamos ele para vários hospitais. Levamos ele para a UPA de Nova Cidade, e querem voltar com ele para casa, mas não tem condições. Ele está muito mal”, conta Cristina. A prima relata que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) alega não ter estrutura e nem suprimentos para manter o rapaz lá.
Paulo mora com a avó, de 80 anos, no bairro Paraíso, em São Gonçalo, e só tem a idosa para cuidar dele. “Levei ele no último domingo (13) para a UPA e ontem já avisaram que iam liberá-lopara casa porque não tinha muito o que fazer”. Cristina continua se esforçando para tentar manter o primo na unidade até que consigam uma vaga de internação.
“Paulo está consciente e sente muitas dores. Diz que fica muito tonto ao levantar. Me ligaram para mandá-lo para casa em um Uber mas, como passou mal, desistiram ontem, mas vão tentar liberá-lo nos próximos dias”, conta a prima.
O rapaz está na fila de espera para conseguir se internar no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), em Niterói, mas o processo é demorado. Cristina diz que no HUAP ele vai fazer o tratamento e realizar todos os exames necessários. “Meu primo está nessa situação de sofrimento desde março", diz a mulher.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de São Gonçalo, responsável pela UPA de Nova Cidade, "as Upas mantêm leitos de observação. No caso do paciente, ele já foi estabilizado e deve retornar a sua residência, porém os familiares dizem não ter condições de levarem o paciente para casa. Por isso, o Samu irá fazer o transporte do paciente. O serviço social da unidade procurou pela família no horário da visita, porém nenhum familiar foi encontrado pessoalmente e por telefone. A vizinha foi avisada de seu retorno".
Estagiária sob supervisão de Cyntia Fonseca*