Pesca ilegal de camarão ameaça Baía de Guanabara
Fiscais apreenderam 7 redes ilegais
Só neste ano, sete redes de arrasto foram apreendidas por fiscais que monitoram a zona de exclusão da Baía de Guanabara, nas proximidades da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim. De acordo com a vistoria, as redes são usadas principalmente para pesca ilegal de camarão.
A retirada desses animais de seu habitat gera transtornos catastróficos para a biodiversidade, visto que provoca uma defasagem na cadeia alimentar. De acordo com a APA, para cada quilo de camarão retirado da região oceânica, cerca de cinco outros quilos de peixes são mortos, a maioria em seu estágio de desenvolvimento.
A maior parte dos camarões pescados hoje na Baía vem da pesca ilegal, pois quase nenhum pescador tem licença para essa atividade. Utilizar as redes de arrastão é uma ação proibida também nas proximidades das ilhas de Paquetá, Brocoió, Pancaraiba e da Estação Ecológica da Guanabara.
A poluição causada pelos esgotos e pelo despejo do lixo, seguida pela pesca de arrastão, são consideradas as maiores causas de perda de diversidade da Baía. A fiscalização da área é feita pela APA em apoio com a Polícia Ambiental da Polícia Militar, o Ibama e o Inea, que são os órgãos responsáveis por atuar em todas as áreas da Baía.