Gonçalenses denunciam baile em posto de gasolina e som alto no bairro do Camarão
Eles também reclamam dos bares da região
Mais uma vez, os moradores o bairro do Camarão, em São Gonçalo, principalmente os que vivem na Rua Jaime Figueiredo, conhecida como rua da caminhada, e na Rua Doutor Francisco Portela, buscam socorro. Eles relataram ao O SÃO GONÇALO que não conseguem mais conviver com a constante baderna do local. Isso porque, na pandemia, muitos jovens passaram a se aglomerar em um posto de combustíveis na localidade para realizarem o seu próprio baile. Além disso, na região, também existe uma casa de shows que, segundo os moradores, tira o conforto da área por causa da música alta vinda do local. Eles também denunciam os bares da região.
"Há alguns anos, o bairro tinha a I9 Music (casa de festas) que tinha acústica e tudo bem. Mas aí, começaram a surgir ambulantes com vários carrinhos para vender seus produtos na rua próxima à casa de show. Ali, era formado um baile, com rachas de carros, aglomeração e era horrível! Essa casa de espetáculos acabou, mas nosso desconforto não.O baile agora é no posto de combustíveis. Param pessoas com carro de som e ali formam um baile. A música é alta tanto dos bailes quanto da casa de festas", explicou uma moradora de 62 anos, que preferiu não se identificar.
Ela ainda relatou que, no local, diversos jovens usam drogas, ficam bêbados e acabam tendo relações sexuais na rua. "O número de assaltos aumentou muito no local, o que é uma pena, já que é um lugar tão bonito. Não vem vigilância sanitária, fiscalização de Postura, não vem nada. Os eventos na área não ocorrem só no fim de semana não, eles são de terça à domingo e duram a madrugada inteira. Além disso, algumas pessoas fizeram bares na área da linha férrea daqui. O que não entendemos é como esses comerciantes conseguem fazer isso sem ter posse, sem ter nada, sem nem escritura", disse a moradora que diz confirmou que os bares não se escondem e até expõem seus horários nas redes sociais.
Os moradores do local relatam que os bares causam aglomerações em plena pandemia e isso também os preocupa. "Chamamos a Polícia Militar, como recomenda a Prefeitura, mas os agentes vêm aqui, pedem para os bares abaixarem o som e quando viram as costas, o som retorna. A reclamação dos moradores vale apenas para aquele dia. Eles esquecem disso!", contou ela que disse que diversos moradores já deixaram o bairro por causa do incômodo.
No dia seguinte aos bailes, os moradores ainda sofrem com mais uma situação: o lixo que fica pelas ruas do bairro. "O lixo fica espalhado pelos pontos de ônibus, nem os estabelecimentos recolhem o lixo feito por eles. O lixo vai também para o valão e, quando chove, acaba alagando tudo. Isso traz bactérias e pode contaminar diversas pessoas. É um absurdo! Não entendemos essa irregularidade das festas e dos bares. São Gonçalo está largado às traças!", contou a moradora.
Gabriel Benites, de 31 anos, um dos donos da casa de shows, informou que também é contra os bailes no posto de gasolina. "Temos os documentos que comprovam a acústica do local. Com relação ao barulho da região, temos tido muito problema com os carros de som que ficam no posto de gasolina do local, mas isso não é da nossa casa, até atrapalha a gente. Temos tentado junto ao Batalhão da Polícia Militar resolver essa questão, mas eu não consigo mandar no povo que fica no posto de gasolina com o som até de manhã", disse Gabriel.
Em nota, a subsecretaria de Posturas, por meio da Prefeitura de São Gonçalo, informou que "já fez diversas ações no local, multando bares, e irá realizar novas ações."
* Em atualização